“Moro é uma invenção da grande imprensa”, diz Reinaldo Azevedo

O jornalista Reinaldo Azevedo, da Folha e da BandNews FM, afirmou noite desta sexta-feira (26), antes do novo vazamento sobre o procurador Deltan Dallagnol, que o ministro Sérgio Moro é uma invenção da grande imprensa e previu que o “mito” vai se desfazer bem rápido.

“O senhor não pode criticar a imprensa porque o senhor foi inventado pela imprensa. O senhor não tem o ‘carisma truculento de Bolsonaro’. O senhor é uma invenção, não existe. A hora que a imprensa começar atacar sua ‘obra’, o senhor está acabado”, previu.

Azevedo denunciou que o ministro da Justiça está atacando a imprensa e lamentou que ainda hoje tenha ‘capacho’ do ex-juiz na grande imprensa. “Tem jornalista que ainda defende Moro. Eu ainda vou perder a paciência e revelar os nomes.”

LEIA TAMBÉM
PT pede a prisão de Moro e Dallagnol

Os novos diálogos do palestrante Deltan Dallagnol na XP Investimentos

ABI diz que portaria de Moro é inconstitucional e é abuso de poder

Economia

Aragão sobre perseguição a Glenn: Moro é absolutamente inescrupuloso

Para o colunista da BandNews e da Folha, Moro perdeu o ‘senso do ridículo’ ao editar a Portaria 666, “o número da besta”, com o objetivo de perseguir e extraditar sumariamente o jornalista norte-americano Glenn Greenwald, fundador do site Intercept, que tem divulgado os diálogos do ex-juiz e de procuradores da força-tarefa.

Segundo Reinaldo, a Lava Jato se perdeu nos cinco anos de atividade e o prejuízo gerado pela força-tarefa não compensou o valor recuperado. “Não pode a lava jato quebrar 9 empreiteiras e gerar 350 mil desempregos no País.”
Sobre o vazamento de novas mensagens de Deltan, o jornalista afirmou que juiz ou procurador não pode enriquecer em nome do combate à corrupção e para fazer política.

“O homem do Estado não vende sua opinião porque ganham dinheiro para isso”, analisou. “Essa condição lhe garante informações privilegiadas e não podem fazer prostituição das esperanças alheias”, completou.

Indignado, Reinaldo Azevedo disse que os diálogos de hoje mostraram como pessoas públicas [Deltan Dallangol] discutem coisas públicas [Lava Jato] para encher os próprios bolsos [com palestras e afins].

Assista ao vídeo com o programa “O é da coisa”: