Ministro das Minas e Energia puxa Janja para a crise da Petrobras e pode se dar mal

Próximo round de Alexandre Silveira será em relação com a privatização da Copel

O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, causou polêmica ao afirmar que só não está mais entrosado com o presidente Lula do que com a primeira-dama Janja. A declaração veio em meio à disputa política envolvendo as indicações para o conselho da Petrobras, que foram atacadas pelo PT.

O problema com as indicações de Silveira é que ele teria incluído pessoas que não teriam sido aprovadas pelo próprio Lula. O fato de um dos indicados ter sido trocado e de o governo ter pedido o adiamento da assembleia de acionistas gerou ainda mais tensão.

Diante dessas críticas, Silveira tentou se defender, afirmando que os nomes foram decididos em comum acordo em uma reunião com Lula, ministros e o presidente da Petrobras. Ele negou que seus indicados sejam bolsonaristas e disse que não há motivos para trocá-los.

O próprio Jean Paul Prates, presidente da petrolífera, também jurou em coletiva de imprensa que os nomes para o Conselho de Administração passaram pelo crivo de Lula.

No entanto, a declaração infeliz do ministro sobre sua relação com Janja não ajuda em nada a acalmar os ânimos e pode ser vista como um desrespeito ao presidente Lula. Além disso, as críticas ao processo de indicação para a Petrobras mostram a falta de transparência e diálogo no governo, o que pode gerar ainda mais problemas no futuro.

Economia

O próximo round de Alexandre Silveira será em relação com a privatização da Copel (Companhia Paranaense de Energia), uma das principais estatais do País. Historicamente, a oposição à venda da empresa está organizada há mais de 20 anos. Além disso, tem a contrariedade de líderes como Gleisi Hoffmann, presidente do partido, e do próprio Lula, que, durante a campanha, jurou ser contrário às privatizações no setor energético.

Em Minas Gerais, a frente política afirma que Silveira defende a Cemig como empresa pública.

Agora, se apoiar a aventura da privatização da Copel, no Paraná, o ministro das Minas e Energia pode cair. É aguardar e conferir.

PS: Janja Lula da Silva, que é do Paraná, participou de todas as manifestações contra a venda da Copel no início dos anos 2000.

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