Segundo o economista Marcio Pochmann o orçamento para 2019 prevê o “gasto” de 8,6% do PIB com previdência social. Mas a rolagem, amortização e juros da dívida pública consumirão 25,3% do PIB. Ou seja, três vezes o valor da previdência.
Levando-se em consideração os benefícios em distribuição de renda, e todo o valor que o sistema arrecada, o investimento na previdência social traz ótimos retornos para o país.
Mas os neoliberais insistem que há um rombo que deve ser saneado. Isso às custas dos trabalhadores da cidade e do campo, que vão se aposentar cada vez mais tarde e receber menos.
As categorias privilegiadas, como os militares, juízes e outros, seguirão com seus proventos garantidos até o fim da vida. Sem falar nas pensões.
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Veja o que diz Pochmann*:
Pensamento Único segue imperando: proposta orçamentária para 2019 prevê despesas equivalentes a 8,6% do PIB com previdência social e a 25,3% do PIB com rolagem, amortização e juros da dívida pública. Mas para os neoliberais o problema do Brasil segue sendo a previdência social.
— Marcio Pochmann (@MarcioPochmann) 7 de novembro de 2018
Marcio Pochmann é economista, pesquisador e professor da Unicamp. Presidiu o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), de 2007 a 2012.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.