Lula reafirma posição pela paz na Ucrânia após participar do G7, fala sobre Zelensky e manifesta solidariedade a Vinicius Junior

No domingo (21/5), após sua participação na Cúpula do G7 no Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou sua posição em relação à guerra na Ucrânia, mantendo-se firme em sua busca pela paz no conflito. O encontro entre os líderes mundiais discutiu diversos temas, sendo um dos principais a situação militar na Ucrânia, país invadido pela Rússia. Durante a coletiva de imprensa em Hiroshima, antes de retornar ao Brasil, Lula enfatizou sua intenção de construir um bloco de países, como Índia, China e Indonésia, para promover a política de paz global.

O presidente destacou a necessidade de tranquilidade e paz no mundo, ressaltando que a guerra não é a solução para os desafios que a humanidade enfrenta. Com empatia, Lula afirmou que é preciso proporcionar crescimento e distribuição de riqueza para aqueles que sofrem com a fome ao redor do globo. Ele deixou claro que sua participação no G7 não teve o intuito de discutir a guerra na Ucrânia, pois existem instâncias específicas, como a Organização das Nações Unidas (ONU), para lidar com esse conflito.

Lula enfatizou a importância da ONU como o local adequado para debater a guerra, criticando o Conselho de Segurança da organização por não tratar do assunto. Ele provocou os membros do Conselho ao apontar que eles estão envolvidos na briga e, consequentemente, não há ninguém para discutir a paz. O presidente defendeu uma mudança na lógica de funcionamento das Nações Unidas, a fim de buscar soluções pacíficas para os conflitos.

Durante a Cúpula do G7, a reunião bilateral entre Lula e Zelensky não foi possível devido a dificuldades na conciliação de agendas. O governo brasileiro sugeriu vários horários, mas não houve acordo. O presidente ucraniano confirmou as dificuldades enfrentadas e mencionou que cada líder possui suas próprias obrigações e compromissos. Zelensky admitiu que Lula pode ter ficado decepcionado por não terem se encontrado.

O G7 é composto pelos sete países mais industrializados do mundo: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Anteriormente conhecido como G8, o grupo excluiu a Rússia em 2014 devido à anexação da Crimeia, que pertencia à Ucrânia. Além dos países membros, o G7 costuma convidar outras nações para participar das cúpulas. Nesta edição, o Brasil foi o único representante sul-americano. Também foram convidados países como Austrália, Coreia do Sul, Vietnã, Índia, Indonésia, Comores e Ilhas Cook.

O Brasil, juntamente com a Índia e a China, tem adotado uma postura de neutralidade em relação ao conflito entre Ucrânia e Rússia. Países europeus e os Estados Unidos, que apoiam os ucranianos no conflito, buscaram pressionar Lula e Zelensky para se encontrarem. Embora não tenha havido uma reunião pessoal entre os dois líderes, Zelensky teve a oportunidade de se encontrar com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Economia

Durante a coletiva de imprensa, Lula foi questionado sobre o formato de um grupo de países que buscam atuar pela paz na Ucrânia. O presidente brasileiro ressaltou a necessidade de um cessar-fogo imediato para que a paz possa ser discutida. Ele destacou que é impossível construir propostas em meio à guerra e que é preciso que tanto Zelensky quanto o presidente russo, Vladimir Putin, estejam dispostos a discutir a paz. Lula enfatizou que a negociação requer concessões de ambos os lados e que, eventualmente, eles buscarão uma solução por meio do diálogo.

Diante da complexidade da situação, fica evidente que a busca pela paz na Ucrânia demandará esforços e negociações entre as partes envolvidas. A posição de Lula em favor da paz e sua defesa por um debate na ONU demonstram seu compromisso com a resolução pacífica de conflitos internacionais. Para saber mais sobre a participação de Lula no G7 e as repercussões dessa reunião, leia o artigo completo no Blog do Esmael.

Lula manifesta solidariedade a Vini Junior e pede providências contra racismo no futebol

Lula demonstrou sua solidariedade ao jogador brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, que foi alvo de mais um episódio de racismo durante uma partida no domingo (21/5). O líder político enfatizou a necessidade de medidas por parte da Fifa, da liga espanhola e de todas as ligas de futebol do mundo para evitar que o “racismo e o fascismo” se propaguem no esporte.

Para Lula, é inaceitável que, quase no meio do século 21, o preconceito racial esteja ganhando força em diversos estádios de futebol na Europa. Ele ressaltou a injustiça de um jovem oriundo de uma família humilde, que venceu na vida e está se tornando um dos melhores jogadores do mundo, ser constantemente ofendido em cada estádio que visita, especialmente sendo destaque no Real Madrid.

Durante a partida em que o Real Madrid foi derrotado por 1 a 0 pelo Valencia, no Estádio Mestalla, Vini Junior foi alvo de insultos racistas e gritos de “macaco” vindos das arquibancadas. Infelizmente, esse não é o primeiro incidente desse tipo enfrentado pelo jogador. Nas redes sociais, ele expressou sua revolta com a La Liga, a liga espanhola de futebol.

O jogador ressaltou que o racismo é algo frequente na La Liga, e que tanto a competição como a federação e até mesmo os adversários parecem normalizar essa situação. Vini Junior lamentou profundamente a situação, afirmando que o campeonato que já foi palco de grandes astros como Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi hoje é dominado por racistas. Ele mencionou que, infelizmente, o país exporta uma imagem de racismo para o mundo, o que afeta a reputação da Espanha. Apesar disso, ele se mostrou determinado em lutar contra os racistas, mesmo que isso signifique estar longe do país.

Enquanto isso, Lula encontra-se em Hiroshima, Japão, onde participou do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, reunião dos líderes das sete principais economias mundiais. Antes de retornar ao Brasil, o presidente conversou com a imprensa e compartilhou suas opiniões sobre o racismo no futebol. Durante sua estadia no Japão, Lula teve uma agenda intensa, com encontros bilaterais com diversos líderes governamentais e representantes de organizações.

O combate ao racismo no futebol é uma questão importante que requer ação por parte das entidades responsáveis. A solidariedade de Lula a Vini Junior e seu apelo por medidas da Fifa e das ligas esportivas destacam a urgência de combater essa forma de discriminação.

Lula defende política unificada para a Amazônia e cobra compromisso dos países ricos

O presidente Lula ressaltou a necessidade de uma política unificada entre os países amazônicos. Ele defendeu a realização da Cúpula da Amazônia, que ocorrerá em Belém, em agosto, e reunirá os líderes dos oito países pertencentes à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Para o presidente, é fundamental estabelecer uma política séria, que envolva também os povos indígenas, a fim de combater o desmatamento na região e garantir a sobrevivência dos 28 milhões de habitantes que lá residem. Lula destacou o direito dessas pessoas de viver, trabalhar, se alimentar e ter acesso a bens materiais, como qualquer indivíduo. Para isso, ele ressaltou a importância de explorar os recursos naturais da região de forma sustentável, preservando a biodiversidade e abrindo caminho para o desenvolvimento de indústrias que gerem empregos limpos, como a indústria farmacêutica e de cosméticos.

O presidente enfatizou que a intenção não é transformar a Amazônia em um santuário intocável, mas sim encontrar um equilíbrio entre a exploração econômica e a preservação ambiental. Durante uma coletiva de imprensa em Hiroshima, no Japão, onde participou do segmento de engajamento externo da Cúpula do G7, Lula expressou sua preocupação com a responsabilidade dos países ricos em relação ao meio ambiente. Ele cobrou o cumprimento dos compromissos internacionais, como a promessa de destinar US$ 100 bilhões por ano aos países em desenvolvimento para a preservação de suas florestas.

O líder político ressaltou a necessidade de uma nova governança global mais representativa e enfatizou que os países que não cumprirem seus esforços no combate às questões climáticas devem ser responsabilizados. Para Lula, é crucial compreender que todos estamos no mesmo barco e que as consequências das ações ou omissões em relação ao meio ambiente afetarão a todos.

As cúpulas do G7 costumam convidar países adicionais para participarem das discussões. Nesta edição, além do Brasil, foram convidadas nações como Austrália, Coreia do Sul, Vietnã, Índia, Indonésia, Comores e Ilhas Cook. Durante sua estadia no Japão, Lula teve uma agenda intensa, incluindo encontros bilaterais com líderes governamentais e representantes de organizações.

Ao encerrar sua visita ao país asiático, Lula mostrou-se otimista com as possibilidades de estabelecer parcerias comerciais, culturais e políticas sólidas para o Brasil. Ele destacou a receptividade das pessoas em relação ao país, felizes com o retorno da democracia e a presença do Brasil no cenário internacional. O presidente também anunciou planos futuros, como viagens à África e à Índia ainda este ano.

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