Gleisi Hoffmann revoltada com atos racistas contra Vini Jr. na Espanha; veja a repercussão

O Ministério da Igualdade Racial, sob a gestão do governo Lula, tomará medidas enérgicas diante dos ataques racistas sofridos pelo jogador brasileiro Vini Jr. durante a partida entre Real Madrid e Valencia, na Espanha, pela La Liga.

A deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) expressou sua indignação diante dos inúmeros episódios de racismo que Vini Jr. tem enfrentado no país europeu. A cada jogo, ele é alvo de atos discriminatórios, chegando ao extremo de pendurarem um boneco enforcado com sua imagem em uma ponte, disse a dirigente petista. Hoje, prossegiu, o jogador identificou os racistas nas arquibancadas. ‘Até quando essa impunidade prevalecerá? É uma situação absolutamente absurda! Manifesto toda minha solidariedade ao talentoso atleta brasileiro.’

Carlo Anceloti, treinador do Real Madrid, também se pronunciou sobre o ocorrido: “Vini é a vítima. Um estádio inteiro gritando ‘macaco’ e a La Liga não toma nenhuma atitude. Não tomará nada”. O técnico lamentou o triste episódio ocorrido no Estádio Mestalla, onde um grupo de torcedores mostrou sua face mais repugnante. É chegada a hora de deixar de apenas falar e agir com determinação. O racismo não deve ter espaço nem no futebol nem na sociedade. Diga não ao racismo em qualquer lugar.

Surpreendentemente, o árbitro Ricardo De Burgos Bengoetxea, responsável pelo jogo da La Liga entre Real Madrid e Valencia, não relatou nenhum caso de racismo envolvendo Vini Jr. em seu relatório, mencionando apenas a presença de objetos atirados no gramado.

Pelo Twitter, Vini Jr. compartilhou o ocorrido em campo: “Isso não aconteceu pela primeira, segunda ou terceira vez. O racismo é algo comum na La Liga. A competição aceita esse comportamento, a federação também, e os adversários o encorajam. Lamento profundamente. O campeonato que já foi representado por nomes como Ronaldinho, Ronaldo, Cristiano e Messi agora está nas mãos dos racistas. Trata-se de uma bela nação que me acolheu e que amo, mas que infelizmente exportou para o mundo a imagem de um país racista. Lamento pelos espanhóis que não concordam, mas hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas. E, apesar de tudo o que ocorre semanalmente, não vou recuar. Eu concordo. Mas sou uma pessoa forte e irei até o fim contra os racistas, mesmo que esteja longe daqui.”

Nas redes sociais, torcedores do Flamengo se pronunciaram: “Eles não suportam ver um jovem negro de 22 anos, vindo de São Gonçalo, se destacar como um dos melhores do mundo.”

Economia

O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, também se manifestou a respeito do caso: “A atitude das autoridades espanholas e das entidades responsáveis pelo futebol é criminosa. Revela uma conivência inaceitável com o racismo. Deixo meu abraço para @vinijr e reforço meu compromisso em apoiá-lo na luta por responsabilizar não apenas aqueles que o atacam, mas também os que se omitem.”

Flávio Dino, ministro da Justiça e da Segurança Pública, também se solidarizou com o jogador brasileiro Vinicius Júnior, que mais uma vez vítima de racismo na Espanha. “Isso é deplorável, inaceitável e deve ter consequências.”

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