O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou uma decisão de grande impacto no cenário político e econômico brasileiro, nesta quarta (25/10), ao anunciar a demissão da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano.
O encontro, que teve início por volta das 12h30, perdurou por aproximadamente 50 minutos e contou com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, em parte da discussão, conforme apurado por esta coluna.
Esta demissão ocorre em meio a meses de intensa pressão por parte do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, membro do Partido Progressista (PP) de Alagoas, e de outros líderes do Centrão, que demonstravam interesse em assumir o controle da instituição bancária pública.
Desde julho, o Centrão estava de olho no comando da Caixa.
Lula, por sua vez, anunciou que o substituto de Rita Serrano será Carlos Antônio Fernandes, indicado por Arthur Lira.
Fernandes é um funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal e já havia trabalhado com membros do PP em governos petistas anteriores.
Um de seus cargos de destaque foi a assunção da Secretaria-Executiva do Ministério da Integração Nacional em 2012, à época sob a liderança do deputado Aguinaldo Ribeiro, também do PP, e aliado do presidente da Câmara.
Em nota oficial, o Planalto confirmou a demissão de Rita Serrano e expressou os agradecimentos de Lula pelo seu “trabalho” e “dedicação” no comando da Caixa Econômica Federal.
A nota enfatiza a importância do papel desempenhado por Serrano em sua gestão, destacando a recuperação da gestão e cultura interna do banco, a valorização dos funcionários e a retomada do banco em diversas políticas sociais.
Além disso, ressalta o aumento da eficiência, rentabilidade e a ampliação dos financiamentos para habitação, infraestrutura e agronegócio durante a gestão de Serrano.
Destaca-se também a inauguração de 74 salas de atendimento para prefeitos em todo o país, cumprindo um compromisso de campanha.
Segundo informações da Presidência, Carlos Fernandes assumirá a presidência da Caixa Econômica Federal com o compromisso de dar continuidade ao trabalho do banco na oferta de crédito e na execução de políticas públicas nas áreas sociais, culturais e esportivas.
A demissão de Rita Serrano ocorreu em meio a uma crescente pressão exercida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira.
Os ânimos se acirraram nos últimos dias devido a uma polêmica exposição realizada pela Caixa Cultural, que apresentava uma colagem com ataques a Lira.
Nessa exposição, o deputado do Partido Progressista era retratado dentro de uma lixeira, acompanhado da ex-ministra e atual senadora Damares Alves, do partido Republicanos, e do ex-ministro da Economia Paulo Guedes.
A exposição também continha uma ilustração controversa, representando o ex-presidente Jair Bolsonaro defecando na bandeira do Brasil.
A repercussão negativa dessas imagens levou a Caixa a cancelar a exposição, que gerou intensos debates e discussões na esfera política e cultural.
Este episódio demonstra a complexa relação entre o governo federal, instituições públicas e o meio artístico, ressaltando a sensibilidade política que envolve a gestão de empresas estatais e a promoção da cultura.
A demissão de Rita Serrano e a nomeação de Carlos Antônio Fernandes para a presidência da Caixa Econômica Federal marcam um novo capítulo na condução das políticas públicas e instituições financeiras do país, sob a gestão do presidente Lula.
No entanto, a demissão de Rita Serrano também gerou ruídos entre apoiadores do presidente Lula.
“E o governo vai ficando com a cara e o jeitão da fufucagem do Centrão”, lamentou o jornalista e escritor curitibano Milton Alves, petista de carteirinha, cujas obras literárias criticam o Centrão, o bolsonarismo e o lavajatismo.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
E logo virão as críticas pela saída de mais uma mulher da composição do governo. Embora Rita Serrano não fosse lá uma unanimidade…
Aí depois perguntam porque Lula está caindo nas pesquisas…