Golpe no PDV da Copel quase faz sua primeira vítima fatal, relatam funcionários da empresa

Em um cenário marcado pela tensão e ansiedade, o corte de mais de 1,6 mil pessoas da adesão ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) da Copel tem trazido uma série de transtornos para aqueles que ficaram de fora.

Desde planos de futuro frustrados até o medo de enfrentar assédio moral no presente, os nervos dos funcionários ficam à flor da pele.

No entanto, um episódio recente deixou todos em estado de alerta: quase ocorreu uma tragédia fatal na sede da empresa, localizada no KM3, bloco C, em Curitiba.

Economia

Segundo relatos de testemunhas, após um embate emocional, um funcionário da Copel se jogou violentamente contra uma vidraça do segundo andar.

Por sorte, a vidraça resistiu ao impacto, e os colegas presentes conseguiram conter o profissional, evitando assim uma possível tragédia.

Natal Foz

Uma testemunha ocular do incidente relatou:

“A janela ficou quebrada, de fato, o pior não aconteceu porque a janela conteve o vidro de quebrar e por conta de colegas terem contido o funcionário.”

A confirmação do incidente foi solicitada pelos sindicatos tanto à assistência social quanto à pasta de relacionamento sindical.

O objetivo era obter informações sobre o estado de saúde física e mental do colaborador envolvido no incidente.

No entanto, a empresa não quis confirmar nem negar os fatos.

O que se sabe até o momento é que o funcionário foi encaminhado para atendimento médico.

De acordo com relatos de colegas, o funcionário envolvido no incidente estava profundamente abalado quando descobriu que não estava incluído na lista dos contemplados pelo PDV.

Inicialmente, a Copel prometera que todos estariam contemplados pelo PDV.

Sua situação havia sido marcada por um afastamento preventivo, e ao retornar, a frustração o fez perder o controle, culminando na tentativa de tirar a própria vida.

Por questões de privacidade e para preservar a identidade do colaborador e seus familiares, tanto o cargo quanto o nome do copeliano em questão estão sendo mantidos em sigilo.

Ele revela que os diretores da empresa não anteciparam completamente o impacto que a frustração gerada pela não inclusão no PDV poderia ter sobre os funcionários.

O incidente na sede da Copel serve como um alerta para todos, principalmente as autoridades.

O PDV foi apresentado como uma promessa de acolhimento para todos aqueles que desejassem se desligar da empresa voluntariamente, porém, a realidade tem se mostrado mais complexa do que o previsto.

Este episódio serve como um alerta da importância de considerar não apenas os aspectos financeiros de um plano de demissão voluntária, mas também o impacto emocional e psicológico que ele pode ter sobre os colaboradores.

Fica evidente que a empresa precisa reavaliar seus processos e cumprir o PDV firmando em acordo coletivo, a fim de evitar incidentes como o que quase ocorreu na sede da Copel.

A prioridade deve ser a saúde e bem-estar de todos os funcionários e isso passa pela empresa cumprir o que fora acordado.

Nesse sentido, é essencial que a Copel esteja disposta a reavaliar sua abordagem em relação ao PDV e a promover um ambiente de trabalho mais seguro e acolhedor para todos os seus funcionários.

A segurança e o bem-estar de seus trabalhadores devem ser sempre a maior prioridade.

O incidente na sede da Copel é um alerta para a empresa e para todos os envolvidos.

A Copel tem a responsabilidade de zelar pela saúde mental e emocional de seus 6 mil funcionários e de garantir um ambiente de trabalho seguro e salubre.

Esperamos que este episódio leve a uma reflexão profunda por parte da empresa e que resulte em mudanças positivas que beneficiem a todos os funcionários da Copel.

O Blog do Esmael vai continuar acompanhando de perto o desfecho desse golpe do PDV.

LEIA TAMBÉM