Luciano Hang, o Véio da Havan, foi delatado por Mauro Cid: “Pressão para virar o jogo”

A recente delação do tenente-coronel Mauro Cid trouxe à tona a menção do empresário catarinense Luciano Hang, conhecido como Véio da Havan, uma figura controversa na esfera empresarial brasileira.

De acordo com informações divulgadas pela revista Veja, Hang foi citado juntamente com Meyer Nigri, fundador da Tecnisa, em um contexto que envolve a pressão sobre o Ministério da Defesa para a elaboração de um relatório mais incisivo sobre o processo eleitoral, visando “virar o jogo”.

O Blog do Esmael reverbera as nuances dessa acusação, a posição de Luciano Hang e as implicações que isso pode ter.

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), prestou depoimento à Polícia Federal em novembro, alegando que Hang e Nigri teriam exercido pressão sobre o Ministério da Defesa.

O objetivo dos empresários seria influenciar o processo eleitoral por meio de um relatório mais contundente, afirmou Cid.

Essa revelação levanta questionamentos sobre o papel de empresários no cenário político e a possibilidade de interferência em instituições democráticas por meio de financiamentos ilícitos.

Economia

Luciano Hang, conhecido por sua proximidade com Bolsonaro, nega veementemente as alegações de Mauro Cid.

Em comunicado, seus advogados destacam que o empresário “jamais sugeriu ou pediu a quem quer que fosse a adoção de medida destinada a atentar contra o ordenamento jurídico e as instituições democráticas”.

Além disso, os defensores do Véio da Havan ressaltam que, após o segundo turno das eleições presidenciais de 2022, Hang afirmou que a vontade dos eleitores deveria ser respeitada, independentemente do resultado.

A delação de Mauro Cid coloca em evidência a complexa interseção entre empresários e política no Brasil.

A alegada pressão do dono das Lojas Havan para modificar um relatório eleitoral levanta questões sobre a integridade do processo democrático, qual seja, tentativa de golpe de Estado.

Enquanto Hang nega as acusações, a controvérsia persiste, destacando a importância de uma investigação minuciosa da Polícia Federal para esclarecer os fatos.

O caso envolvendo Luciano Hang na delação de Mauro Cid é permeado por tensões políticas e questionamentos sobre a relação entre setores empresariais e o processo democrático no país.

Aliás, os empresários já participaram ativamente do golpe de Estado em 2016, quando a presidenta Dilma Rousseff (PT) foi removida do Palácio do Planalto. [Lembra, caro leitor, dos patos amarelos da Fiep?]

Talvez seja por isso que a PF está seguindo o dinheiro que financiou a tentativa de golpe de Estado em 8/1.

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“Pato amarelo” da Fiesp revelou o envolvimento de setores empresariais no golpe que derrubou Dilma, em 2016, e ascensão de golpistas e Bolsonaro.

Aqui está a íntegra da nota do Véio da Havan, por meio de seus advogados:

“Os advogados de Luciano Hang esclarecem que nada podem declarar sobre investigação que tramita sob sigilo, perante o Supremo Tribunal Federal, muito menos para comentar alegada mensagem que o tenente-coronel Mauro Cid teria enviado a terceiro, cujo teor desconhecem. Contudo, em nome de seu cliente e a pedido dele, afirmam peremptoriamente que Luciano jamais sugeriu ou pediu a quem quer que fosse a adoção de medida destinada a atentar contra o ordenamento jurídico e as instituições democráticas. Já no dia seguinte ao 2º turno das eleições presidenciais de 2022, Luciano declarou que a vontade dos eleitores, expressa nas urnas e que sagrara vencedor o atual presidente Lula, deveria ser respeitada. Nenhuma manifestação em sentido contrário pode ser atribuída a ele”.

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