O júri popular do caso do assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, cometido pelo policial penal Jorge Guaranho, foi adiado para o dia 4 de abril de 2024.
A decisão foi tomada pelo juiz Gustavo Germano Francisco dos Santos, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, atendendo a um pedido da defesa do réu.
A defesa de Guaranho alegou que recebeu novas provas do Ministério Público no dia 22 de novembro, às vésperas do início do julgamento.
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O juiz Germano Francisco considerou que o prazo para a defesa se manifestar sobre as novas provas era insuficiente e decidiu adiar o júri para que ela pudesse se preparar adequadamente.
O adiamento do júri foi recebido com indignação pela família de Marcelo Arruda e por movimentos sociais que lutam contra a violência política.
O advogado da família, Daniel Godoy Junior, afirmou que o pedido da defesa de Guaranho é uma tentativa de “desqualificar a atuação do Ministério Público” e de “minar uma solução célere, almejada pela sociedade”.
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“A impunidade não é companheira da prestação jurisdicional eficiente, da segurança e da paz social que ocorrerá com um julgamento justo e isento como o que se constrói até aqui”, disse Godoy Junior.
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O caso Marcelo Arruda
O assassinato de Marcelo Arruda aconteceu em 9 de julho de 2022, na cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná.
Arruda, que era tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), comemorava seu aniversário de 50 anos com familiares e amigos em uma festa temática do partido.
Guaranho, que é um policial penal bolsonarista, invadiu a festa e atirou em Arruda.
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O caso foi amplamente divulgado pela imprensa e provocou uma onda de indignação no Brasil.
O júri popular do caso estava marcado para começar no dia 7 de dezembro de 2023.
Guaranho responde por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por emboscada.
A pena prevista para o crime é de 12 a 30 anos de prisão.
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O que esperar do julgamento
O julgamento de Jorge Guaranho será um dos mais importantes da história recente do Brasil.
O caso tem o potencial de ser um marco na luta contra a intolerância política e a violência no país.
A defesa de Guaranho deve tentar alegar que o crime foi cometido em legítima defesa.
O réu alega que foi ameaçado por Arruda e que atirou em legítima defesa.
O Ministério Público, por sua vez, deve tentar provar que o crime foi premeditado e que Guaranho agiu motivado por intolerância política.
O MP afirma que a prova é robusta e que a condenação de Guaranho é certa.
O julgamento deve ser acompanhado com atenção pela sociedade brasileira.
O resultado do julgamento pode ter um impacto significativo na luta contra a intolerância política e a violência no país.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Que este IMBECÍL apodreça na penitenciária. Gente assim, só enjaulada para o cidadão viver em paz.