Juíza substituta Gabriela Hardt tem pedido de remoção negado; ela continuará à frente da Lava Jato em Curitiba até conclusão da correição do CNJ

Durma-se com um barulho desse. Em meio aos pixes divinos do ex-deputado cassado Deltan Dallagnol (PODE-PR), da velocidade de cruzeiro no processo de cassação do ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR), agora a juíza substituta Gabriela Hardt teve o pedido de remoção negado para Florianópolis (SC). Ela continuará à frente Lava Jato em Curitiba até a conclusão da correição do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

A 13ª Vara Federal de Curitiba e o TRF4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), de Porto Alegre (RS), estão sob intervenção do CNJ desde 31 de maio. Nesta semana, o ministro Luís Felipe Salomão, corregedor-geral do órgão, conclui a correição in loco em na capital paranaense.

Hardt fica a contragosto na Lava Jato uma vez que as ações penais mais cabeludas atualmente, dentre as quais as de Tony Garcia e de Rodrigo Tacla Duran, foram enviadas para o Supremo Tribunal Federal (STF) por determinação do ministro Dias Toffoli, relator dos processos da finada força-tarefa. Ela não pode decidir sobre esses casos.

Toffoli passou a relatar casos em que ações da Lava Jato foram suspensas ou encerradas. A base foi a invalidação do uso do acordo de leniência da construtora Odebrecht e de outros elementos de prova para acusações da Lava Jato.

A juíza substituta Gabriela Hardt assumiu temporariamente a 13ª Vara de Curitiba após o afastamento liminar do juiz titular Eduardo Appio, pelo Conselho do TRF4. Ela pediu remoção para a capital catarinense, porém um juiz com mais tempo de magistratura também se candidatou à vaga, e o critério de escolha foi baseado no tempo de trabalho no TRF4.

Hardt prestou concurso para a Justiça Federal em 2007 e tornou-se juíza dois anos depois. Antes de substituir Appio, ela já havia sido substituta de Moro em processos da Lava Jato. Em 2019, foi responsável pela condenação de Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio de Atibaia, uma decisão posteriormente anulada pelo STF.

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A juíza também enfrentou acusações de plágio em uma sentença, mas alegou que a fundamentação e os fatos eram diferentes daquela proferida por Moro.

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