A Argentina tem previsão de estagflação por parte de especialistas ligados a Javier Milei, pelos próximos dois anos, e uma herança econômica que o futuro ministro de Economia, Luis Caputo, descreve como a pior da história do país.
Luis Caputo destaca a gravidade da herança deixada pelo governo anterior, com altos níveis de inflação, uma porcentagem significativa de pessoas vivendo abaixo da linha da pobreza e um endividamento externo considerável.
A posse do presidente eleito de extrema direita será neste domingo (10/12), mas suscita questionamentos sobre a capacidade dele governar os argentinos e fazer alianças regionais que ajudem o país retomar o desenvolvimento econômico.
A presença na cerimônia do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL), que pode atuar como conselheiro de Milei para assuntos do Mercosul, aumentam as dúvidas acerca do novo mandatário argentino.
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A situação, no entanto, é multifacetada, com empresas registrando grandes lucros, apesar dos desafios enfrentados pelo país.
Durante a campanha, Javier Milei propôs medidas radicais, incluindo a dolarização e o fechamento do Banco Central.
No entanto, observamos uma mudança em seu discurso pós-eleição, com a admissão de que a estagflação pode persistir por um a dois anos.
Essa transição de posições pode indicar concessões à complexidade da realidade econômica, mas também levanta questões sobre a estabilidade e a consistência das políticas a serem implementadas.
Ao analisar as nomeações para o novo gabinete, observamos a presença de figuras ligadas à gestão anterior de Mauricio Macri, o que levanta questões sobre a continuidade ou a mudança de direção na política econômica.
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A estabilidade do governo e a capacidade de enfrentar os desafios futuros dependerão, em grande parte, das ações do novo gabinete.
A previsão de estagflação, se concretizada, pode representar um golpe severo para a atividade econômica e a sociedade em geral.
O termo sugere não apenas uma estagnação econômica, mas uma conjuntura de inflação persistente, o que pode levar a um aumento do desemprego, fechamento de empresas e agravamento das condições sociais.
A implementação de políticas eficazes para enfrentar esse desafio será crucial.
No âmbito ideológico, observamos uma polarização entre a defesa da liberdade de mercado, representada por Milei, e a busca pela igualdade social.
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O presidente eleito argumenta que a justiça social é inimiga da liberdade, enquanto críticos destacam a importância da igualdade para o pleno exercício da liberdade por todos os cidadãos.
Esse debate ideológico terá implicações profundas nas políticas sociais e econômicas a serem adotadas.
Diante desse cenário desafiador, a Argentina enfrenta uma encruzilhada crucial.
A previsão de estanflação, a composição do novo gabinete e o debate ideológico sobre liberdade e igualdade são elementos interligados que moldarão o futuro do país.
A capacidade de implementar políticas econômicas sólidas e inclusivas será determinante para superar os obstáculos e pavimentar o caminho para um desenvolvimento sustentável e equitativo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Este aí não vai durar muito. Já que vai mecher com a classe sindical da Argentina, que lá é com o burraco mais embaixo. É mais dos mesmos dos bozo aqui no Brasil, só que lá acho que a vida útil dele tá acabando antes de começar.