A prefeita de Vitorino Freire (MA), Luanna Rezende (União), é alvo nesta sexta-feira (1º/9) de uma operação da Polícia Federal contra supostos desvios na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Ela é irmã do ministro da Comunicações, Juscelino Filho (União), que não foi alvo de mandado nesta operação da PF.
A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Benesse com a finalidade de desarticular organização criminosa estruturada para promover fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro, envolvendo verbas federais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Policiais federais cumprem 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nas cidades de São Luís/MA, Vitorino Freire/MA e Bacabal/MA.
Também estão sendo cumpridas medidas cautelares diversas da prisão, tais como afastamento da função pública, suspensão de licitações e vedação da celebração de contratos com órgãos públicos, bem como ordens de indisponibilidade de bens.
A investigação, iniciada em 2021, teve a sua primeira fase ostensiva deflagrada em 20/7/2022 (Operação Odoacro), e a segunda em 5/10/2022 (Operação Odoacro II).
A presente fase alcança o núcleo público da organização criminosa, após se rastrear a indicação e o desvio de emendas parlamentares destinadas à pavimentação asfáltica de um município maranhense.
Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por fraude a licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.
Pelo fato de os elementos indicarem que o líder do núcleo público da organização criminosa ora investigada utiliza emendas parlamentares para incrementar o seu patrimônio, denominou-se esta fase investigativa de “benesse”, que segundo o dicionário Oxford significa “vantagem ou lucro que não deriva de esforço ou trabalho”.
Juscelino volta à frigideira
Em fevereiro, o ministro Jucelino Filho ficou no olho do furacão porque usou um voo da FAB para participar de um leilão no interior de São Paulo e veio à tona a ocultação de R$ 2,2 milhões em cavalos de raça na declaração ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em agosto do ano passado, quando registrou sua candidatura a deputado estadual.
O ministro das Comunicações tem como padrinho o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um dos principais dirigentes do União Brasil e presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado – órgão chave para a tramitação de projetos.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.