Ela faz história ao vencer a primeira primária republicana, mas o triunfo parece ser mais simbólico do que significativo
Nikki Haley tornou-se a primeira mulher a vencer uma primária republicana na história dos Estados Unidos, mas a vitória parece ter pouco mais do que um significado simbólico. A ex-embaixadora das Nações Unidas foi declarada vencedora no domingo (3/3), oferecendo um impulso modesto à sua campanha. No entanto, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantém uma enorme vantagem na corrida para se tornar o candidato republicano nas eleições presidenciais de novembro.
O único desafiante restante de Trump na busca pela indicação republicana conquistou 62,9% dos votos na capital, enquanto o polêmico ex-presidente obteve 33,2%. O resultado garantiu a Haley todos os 19 delegados em disputa. A porta-voz da campanha de Haley, Olivia Perez-Cubas, declarou em comunicado: “Não é surpreendente que republicanos mais próximos da disfunção em Washington estejam rejeitando Donald Trump e todo o seu caos.”
Apesar da pequena e simbólica vitória em Washington DC, as primárias desta semana provavelmente testarão a determinação da ex-governadora da Carolina do Sul em continuar na disputa. Trump venceu as oito primeiras disputas de forma significativa e espera-se que aumente sua liderança nas eleições da “Superterça” desta semana, que envolverão 15 estados.
A campanha de Trump emitiu um comunicado pouco depois da declaração da votação no domingo, parabenizando ironicamente Haley por ser nomeada “Rainha do Pântano pelos lobistas e insiders de Washington que querem proteger o fracassado status quo”. O comunicado ainda afirmou: “Os resultados desta noite em Washington DC reafirmam o objetivo da campanha do Presidente Trump – ele vai drenar o pântano e colocar a América em primeiro lugar.”
No entanto, o caminho de Haley para conquistar a indicação republicana e enfrentar o provável candidato democrata, o presidente Joe Biden, em novembro, enfrenta desafios quase impossíveis.
O Supremo Tribunal dos Estados Unidos deve se pronunciar na segunda-feira sobre uma decisão anterior da Suprema Corte do Colorado que desqualificou Trump de concorrer à presidência. A decisão do tribunal do Colorado, referente ao ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021, invocou uma disposição constitucional da Guerra Civil que impede aqueles que “se envolveram em insurreição” de ocupar cargos.
Lembrando anetoda de um país sul-americano, os Estados Unidos ironizam Trump se perguntando: imbrochável?
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.