Globo leva surra do site Intercept

O site Intercept, do jornalista Gleen Greenwald, colocou a “poderosa” Globo na roda. A emissora atua no escândalo das conversas secretas de Deltan Dallagnol e Sérgio Moro como advogada da Lava Jato, de forma retroativa.

Até o mais desavisado leitor sabe que a força-tarefa sempre manteve conluio com a Globo e sites de extrema-direita, como O Antagonista.

Procuradores, juízes e até agentes da Polícia Federal (lembram do Japonês?) vazavam informações da Lava Jato às agências de especulação financeira (Antagonista) e de comunicação (Globo, Veja, etc.).

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Pois bem, nas últimas horas a Globo tem se esforçado para dizer que celulares funcionais de agentes públicos foram alvo de hackers. O diabo é que não houve invasão, segundo Intercept. Existe uma fonte de carne e osso que forneceu fartos documentos (mais de 800 arquivos de texto, áudio e vídeo) que desmentem a versão da TV e dos envolvidos no escândalo.

Greenwald, experiente jornalista norte-americano, tal qual numa pesca, dá linha para fisgar o peixe graúdo. Quando eles –Moro, Deltan e Globo– desmentem uma informação, o Intercept divulga outro que anula o desmentido, comprova o fato e agrava a situação. Na sequência, revela novos fatos mais cabeludos ainda…

Economia

A tendência é que novas e mais graves conversas venham à luz nas próximas horas. Por isso seria prudente que o ministro Sérgio Moro acatasse o conselho do veterano jornalista Elio Gaspari, de O Globo: “Moro, pede pra sair.

Quanto à surra que a Globo está levando do Intercept, talvez sejam os últimos momentos da emissora que marcou época. O modelo de jornalismo de antanho, voltado a interesses econômicos de grandes corporações e de poderosos, pode estar chegando ao fim. É a tal inovação disruptiva que lenta e gradativa que vai corroendo por dentro o atraso se impondo como o [inexorável] novo.