Gleisi Hoffmann reverbera o que pensam desenvolvimentistas: política ecônomica “contracíclica” e “expansionista”
Gleisi Hoffmann: política “contracíclica” e “expansionista” ao invés de arcabouço fiscal para o mercado
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Gleisi Hoffmann reverbera o que pensam desenvolvimentistas: política ecônomica “contracíclica” e “expansionista”

Esmael Morais 20 de março de 2023 - 07:55 No Comments

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), causou furor ao defender os fundamentos keynesianos de combate à recessão econômica no país. Ela reverberou ao longo da semana passada o que os desenvolvimentistas chamam de política “contracíclica” e “expansionista”. Mas afinal, que bichos são esses?

Contra o arcabouço fiscal, entenda a política “contracíclica” e “expansionista” de Gleisi:

  • A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, defendeu a política econômica contracíclica e expansionista para combater a recessão econômica no país;
  • Uma política contracíclica é aquela que age em oposição ao ciclo econômico natural da recessão, enquanto uma política expansionista visa aumentar o nível de atividade econômica;
  • Gleisi propõe que o presidente Lula aja além do “arcabouço fiscal” que visa proteger os ganhos de banqueiros e especuladores em meio à crise financeira mundial;
  • O novo arcabouço fiscal tem como objetivo estabelecer regras para conter os gastos públicos, o que é criticado pela presidente do PT; e
  • A velha mídia corporativa, que tem bancos como proprietários, pressiona para que o governo Lula sucumba ao novo arcabouço fiscal, o que prejudicaria as demandas da sociedade por combustíveis baratos, comida na mesa, emprego e crédito farto e barato.

Primeiro, vamos acompanhar o que a dirigente petista disse sobre o tema: “Se é verdade que a economia crescerá menos neste ano, segundo indicadores divulgados pelo governo, precisamos, então, aumentar os investimentos públicos e não represar nenhuma aplicação no social”, escreveu a presidente do PT no Twitter. “Em momentos assim, a política fiscal tem de ser contracíclica e expansionista”, declarou ela, referindo-se ao boletim macrofiscal divulgado na sexta-feira (17/3) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.

Uma política econômica contracíclica é aquela que é implementada para combater os efeitos negativos de uma recessão econômica. Por exemplo, durante uma recessão, o governo pode aumentar os gastos públicos ou reduzir os impostos para estimular a economia e ajudar a criar empregos. Isso é contracíclico porque o governo está agindo em oposição ao ciclo econômico natural da recessão.

Por outro lado, uma política econômica expansionista é aquela que visa aumentar o nível de atividade econômica, geralmente por meio de um aumento nos gastos públicos ou na oferta monetária. Isso pode ajudar a estimular o crescimento econômico e a criação de empregos. Essa política é considerada expansionista porque está ajudando a aumentar a atividade econômica acima do nível normal.

Portanto, uma política contracíclica é aquela que busca neutralizar os efeitos negativos de uma recessão econômica, por meio do déficit público, enquanto uma política expansionista busca aumentar a atividade econômica como um todo.

Na prática, Gleisi Hoffmann reconhece a recessão econômica herdada do antigo governo e propõe que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aja além do “arcabouço fiscal”, que visa proteger os ganhos de banqueiros e especuladores em meio à crise que bate à porta do sistema financeiro mundial. O novo arcabouço fiscal tem o objetivo de estabelecer regras para conter os gastos públicos, por isso o debate acerca desse teto, adotado a partir do golpe de Estado, com a derrubada de Dilma Rousseff (PT), nos tempos de Michel Temer (MDB), por meio da Emenda Constitucional nº 95.

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Há uma pressão da velha mídia corporativa, que tem bancos como seus proprietários cruzados, para que o governo Lula sucumba ao tal ao tal novo arcabouço fiscal porque essa medida daria mais segurança aos especuladores, isto é, supostamente garantiria que o tesouro pagaria as taxas de juros mais altas do planeta em detrimento às demandas da sociedade por combustíveis baratos, comida na mesa, emprego, crédito farto e barato, dentre outras questões econômicas de interesses coletivo e difuso.

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