Gleisi Hoffmann pede a saída de Roberto Campos Neto da presidência do Banco Central durante ato político no Rio de Janeiro

Presidenta do PT lidera o ‘Fora, Campos Neto!’ em ato contra os juros altos no Rio de Janeiro

Um ato político pluripartidário ocorreu no centro do Rio de Janeiro na noite de segunda-feira, 13, reunindo parlamentares da base do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para protestar contra o elevado nível da Selic. No evento, deputados federais do PT, PSOL e PCdoB defenderam o fim da autonomia do Banco Central e a saída de Roberto Campos Neto da presidência da autoridade monetária.

Durante o discurso, a deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que Campos Neto deveria ter “decência, vergonha na cara, pegar o boné dele e ir embora, e deixar a presidência do Banco Central”. Os parlamentares defenderam a necessidade de mobilizar políticos e a sociedade para apoiar as críticas do presidente Lula à política monetária.

Gleisi alegou que o ato no Rio era de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na sua cruzada por crescimento e emprego no País. “Não pode uma autarquia comprometer o Brasil” ao pedir ‘Fora, Campos Neto!’ do BC.

Embora reconheçam que os governistas não têm maioria de votos no Senado para retirar Campos Neto da presidência do Banco Central, eles pedem que sejam feitas mobilizações nesse sentido. O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) convocou o ato e contou com a adesão de outros deputados, incluindo Guilherme Boulos (PSOL-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Reimont (PT-RJ), Tarcísio Motta (PSOL-RJ) e Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ).

Boulos parabenizou Gleisi pela “coragem” e convocou a realização de novos atos na semana seguinte, unindo sindicatos e movimentos sociais em defesa do corte na taxa básica de juros. O parlamentar do PSOL paulista propôs um evento em São Paulo na próxima segunda-feira, 20, seguido de uma manifestação na terça-feira, 21, em frente à sede do Banco Central em Brasília, no primeiro dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir os rumos da taxa básica de juros.

Economia

Lindbergh lidera a formação de uma Frente Parlamentar na Câmara dos Deputados contra os juros altos e alertou sobre o risco de recessão econômica e aumento do desemprego. Já Jandira Feghali sugeriu o fim das metas anuais de inflação e a abertura de uma discussão sobre uma possível ampliação da composição do Conselho Monetário Nacional (CMN) e do Copom.

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