Gleisi Hoffmann destaca “decisão exemplar” de Toffoli sobre a farsa da Lava Jato

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), repercutiu nesta quarta-feira (6/9) a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, reconhecendo o erro da prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018, e afirmando Lava Jato foi uma armação contrária à lei.

“Decisão exemplar do ministro Toffoli confirma o que sempre dissemos sobre a farsa da Lava Jato”, comemorou a dirigente petista.

Segundo Gleisi, cedo ou tarde a verdade sempre vence.

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“Os que mentiram, falsificaram provas, arrancaram depoimentos à força terão, agora, de responder por seus crimes”, avisa a presidente do PT.

Para Gleisi Hoffmann, a história segue restabelecendo a Justiça sobre a maior armação judicial e midiática que já se fez contra um grande líder.

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O senador Sergio Moro (União-PR), ex-juiz da Lava Jato, também comentou a decisão de Toffoli que anula provas e diz que prisão de Lula foi erro histórico.

“A corrupção nos Governos do PT foi real, criminosos confessaram e mais de seis bilhões de reais foram recuperados para a Petrobras. Esse foi o trabalho da Lava Jato, dentro da lei, com as decisões confirmadas durante anos pelos Tribunais Superiores. Os brasileiros viram, apoiaram e conhecem a verdade. Respeitamos as instituições e toda a nossa ação foi legal. Lutaremos, no Senado, pelo direito à verdade, pela integridade e pela democracia. Sempre”, insistiu Moro.

No entanto, o ministro Dias Toffoli contestou essa narrativa do ex-juiz quando afirmou categoricamente que a prisão de Lula foi um dos maiores erros judiciários da história do país.

Além disso, Toffoli deciciu que a Lava Jato foi “uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra legem [contrário à lei]”.

“E pior, destruíram tecnologias nacionais, empresas, empregos e patrimônios públicos e privados”, cravou o magistrado do Supremo.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, adiantou que vai tomar providências para a apuração da responsabilidade criminal de agentes públicos, ou seja, as batatas de Moro e de Deltan Dallagnol já estão assando.

“A decisão do ministro Toffolli tem dois alcances: um de natureza jurídica, reafirmando a inocência do presidente Lula, indevidamente julgado sem o devido processo legal; o outro é de natureza política, na medida em que fica o registro dos absurdos perpetrados em uma página trevosa da nossa História. Quando o Ministério da Justiça receber oficialmente a decisão, enviarei à Polícia Federal para cumprimento da determinação de apuração de responsabilidade criminal de agentes públicos”, declarou o ministro da Justiça.

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