Folha, que torce por Bolsonaro, dá azo ao bolsonarismo em 2022

Cada um cumpre um papel nas eleições de 2022. A Folha, por exemplo, o de açular o bolsonarismo contra a candidatura do ex-presidente Lula (PT).

Na edição desta terça-feira (18/01), o jornalão paulistano cravou que a “Morte de Celso Daniel retorna como tema eleitoral 20 anos depois” [sic].

Evidentemente que se trata de um tema frio que a Folha puxa em todas as eleições com o intuito de não discutir os programas neoliberais que quebraram o país, aumentou o número de pobres, e concentrou o orçamento da União nas mãos dos banqueiros e especuladores. O jornal Folha de S.Paulo pertence a um banco, o PagBank, e a empresa especula com as notícias para ganhar dinheiro.

A Polícia Civil de São Paulo, que é tucana, já concluiu que se tratou de crime comum, e seis homens foram presos e um adolescente, apreendido. Os adultos foram julgados e condenados em júri popular. No entanto, a Folha acredita que ao vincar o tema a Lula e ao PT está prestando um serviço ao leitor –quando na verdade apenas dá azo ao bolsonarismo e às fake news.

O jornalão produz conteúdo que alimenta uma teoria da conspiração segunda qual Celso Daniel estaria envolvido num esquema de corrupção e propina e sua morte teria sido queima de arquivo, a despeito de a polícia do governo do PSDB afirmar que foi um crime comum ocorrido há 20 anos.

Nas eleições deste ano, a Folha está assumindo um papel que o “QAnon”, movimento conspiracionista americano de extrema direita que apoiou Donald Trump. No caso da velha mídia corporativa brasileira, a ideia é apoiar novamente o presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu projeto de reeleição.

Economia

Sob o manto do “jornalismo profissional”, a Folha ainda faz um link do caso Celso Daniel, um crime comum, com outro que sempre cheirou a fraude: o suposto atentado a facadas de Adélio Bispo.

A Folha, que torce por Bolsonaro, parece que se prestará [mais uma vez] ao papel da baixaria para evitar discutir o que realmente é importante para o País: a economia.

Portanto, não olhe para a Folha.