Folha diz que Tarcísio Freitas ou Romeu Zema pode herdar o bolsonarismo na disputa presidencial de 2026

Possíveis herdeiros do bolsonarismo em 2026: Tarcísio Freitas e Romeu Zema e a agenda trans na política brasileira

A Folha menciona neste domingo (19/3) a questão da agenda trans, uma das pautas de comportamento mais fortes entre a direita americana, que também está presente na política brasileira. O jornalão paulistano vê os governadores de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), e de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), como herdeiros do espólio do bolsonarismo caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja considerado inelegível. Ou seja, a burguesia quer antecipar a disputa presidencial e – se possível – interromper o mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A direita do Brasil que copia a direita dos EUA:

  • Tarcísio Freitas e Romeu Zema são possíveis herdeiros do bolsonarismo na eleição presidencial de 2026;
  • A agenda trans é uma pauta forte entre a direita americana e presente na política brasileira
  • Na conferência conservadora CPAC nos EUA, Trump e Bolsonaro apresentaram discursos transfóbicos;
  • Práticas que atacam a democracia e os direitos humanos devem ser evitadas pela “direita democrática”;
  • Tarcísio Freitas e Romeu Zema lideram estados ricos e populosos, empunham bandeiras semelhantes às de Bolsonaro e são comparados a DeSantis, líder da direita menos radical nos EUA.

Segundo o jornalão, as estratégias da direita americana pós-Trump podem dar lições ao bolsonarismo no Brasil. A reportagem destaca que a recente conferência conservadora CPAC, nos Estados Unidos, reuniu fervorosos apoiadores de Trump, além de Bolsonaro, e a questão das pessoas transgênero foi um dos assuntos mais presentes nas falas dos palestrantes, com uma série de discursos transfóbicos.

Em quase duas horas de exposição, destaca a publicação, Trump prometeu “revogar cada política de Biden que promova a castração química e mutilação sexual da nossa juventude e propor ao Congresso uma lei proibindo a mutilação sexual de crianças nos 50 estados”, além de dizer que deixará “homens fora de esportes femininos”, o que considerou “ridículo”.

A Folha lembra que essa é uma das pautas de comportamento mais fortes entre a direita americana, mas que também está presente na política brasileira, como exemplificado pelo discurso transfóbico do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) na tribuna da Câmara em Brasília, quatro dias após a CPAC.

De acordo com a Folha, essa questão extrapola para outros temas, como apresentações de drag queens, e um levantamento do jornal The Washington Post encontrou 26 projetos de lei apresentados somente neste ano por parlamentares estaduais do Partido Republicano para restringir shows do tipo em pelo menos 14 estados do país.

Economia

A Folha aponta que as estratégias pós-Trump da direita americana podem influenciar o bolsonarismo na corrida presidencial de 2026, com Tarcísio Freitas ou Romeu Zema sendo vistos como possíveis herdeiros do movimento. Entretanto, a publicação alerta que essas estratégias são negativas, uma vez que incluem ataques à democracia e aos direitos humanos, como a questão da agenda trans. A Folha destaca a importância da “direita democrática” estar atenta para evitar a replicação dessas práticas no Brasil, pois isso pode afastar a maioria dos eleitores em 2026.

Ao final, a Folha ainda faz comparações e apostas: as figuras que mais se aproximam de DeSantis [direita menos radical nos EUA] no Brasil são os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e de Minas Gerais, Romeu Zema: eles empunham bandeiras semelhantes às do ex-presidente Bolsonaro, são mais jovens e populares, além de liderarem estados ricos e populosos.

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