FIEP tenta romper marasmo com fim da era Campagnolo

A Federação das Indústrias do Paraná (FIEP) empossou nesta segunda-feira (28) seu novo presidente, Carlos Valter Martins Pedro, com o desafio de pôr fim aos oito anos de marasmo do antecessor Edson Campagnolo.

A entidade representativa dos industriais vinha numa política de alinhamento automático aos governos estadual e federal, cujo lema era ‘se hay gobierno, soy a favor’.

Campagnolo era entusiasta da presidente Dilma Roussef (PT), mas influenciado pelos “patos amarelos”, mudou de lado e apoiou o golpe de Estado perpetrado por Michel Temer (MDB).

No Paraná não foi diferente. Aderiu ao governo de Beto Richa (PSDB) e sua política contra servidores públicos do estado, mesmo depois do massacre ocorrido no dia 29 de abril de 2015.

Como última carta, já no final da gestão na FIEP, Edson Campagnolo tentou ainda cavar a vice na chapa do então candidato Ratinho Junior (PSD). Não deu. Foi vetado.

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O novo presidente da FIEP assume a entidade com orçamento anual de R$ 1 bilhão com a missão de reverter a desindustrialização no Paraná, fenômeno repetido em todo o País em tempos de neoliberalismo econômico e maximização da especulação nos mercados financeiros.

Carlos Valter afirmou em seu discurso de posse que “a missão é promover ações que agreguem valor para a indústria” e fazer o setor “mais produtivo e competitivo”.

“Ressalto que a missão da FIEP é atuar na defesa dos interesses da indústria. Mas queremos unir cada vez mais as forças para a defesa de temas que sejam transversais a toda a classe produtiva de nosso Estado”, declarou.