Richa recebeu carta de entidades escravocratas contra reajuste de professores no Paraná

escravidao_modernaAntes de as entidades patronais do sistema S defenderem publicamente aumento da jornada de trabalho para 80 horas semanais, na presença do interino Michel Temer (PMDB), elas enviaram carta aos deputados estaduais do Paraná defendendo que o governo Beto Richa (PSDB) desse calote no reajuste dos salários de servidores públicos no estado.

A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que é do tronco da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), subscreve carta também assinada por outras entidades, tais como a Associação Comercial do Paraná (ACP), visando pressionar contra a reposição salarial principalmente para os professores da rede pública – a maior categoria do funcionalismo.

Além da visão escravocrata da CNI, que defende 80 horas semanais de jornada para os trabalhadores, a Fiep adota supersalário para a diretoria. O presidente da agremiação percebe R$ 40 mil ao mês (valor de 2013, sem contar o auxílio da CNI, onde é vice). Os numerários são líquidos, sem descontos, cujos fundos são públicos e objeto de CPI.

A ACP, também na mesma linha antiabolicionista, em 2014, fez vergonha nacional ao ingressar no STF contra o feriado da Consciência Negra em Curitiba. A data 20 de novembro foi aprovada pela Câmara Municipal. A população negra na capital paranaense é de 23,4%.

Outra entidade que mama gostoso no sistema S é a Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), por meio do Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). Os sindicatos do mundo do trabalho estão levantando a vida de marajás que esses dirigentes patronais levam às expensas do erário.

Em carta padrão enviada aos deputados, combinado com o governador Beto Richa, é claro, a turma da FAEP diz ipsis litteris “cremos que chegou a hora dos funcionários públicos darem a sua contribuição para evitar novos déficits no orçamento do Estado” e que “hoje 11 milhões de desempregados do setor privado não têm o privilégio do setor público…”.

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Ora, que tal os dirigentes dessas entidades do sistema S darem o exemplo abrindo mão de suas gordas ajudas de custos, viagens, diárias, carros de luxo com motoristas, jatinhos até?

Quanto aos compromissos que o sistema S incentiva o calote de Richa, trata-se de acordo firmado há um ano para o término da greve do funcionalismo. São promoções e progressões em atraso, que somam R$ 350 milhões. O tucano tentou descumprir o combinado com os servidores alegando que a renegociação da dívida não permitiria, mas esse papo furado bateu na trave da Câmara Federal.

Carta da FAEP:

http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2016/07/Faep_carta2.pdf

Carta entidades patronais:

http://www.esmaelmorais.com.br/wp-content/uploads/2016/07/patronais_vs_servidores.pdf

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