► Meta/Facebook adota o mesmo discurso da ditadura ao afirmar que assassinato de Vlado Herzog foi “suicídio”
O Facebook foi rebatizado pelo seu dono Mark Zuckerberg como Meta, mas a prática de censura ideológica na plataforma de aplicação continua a mesma de antes.
A empresa de Zuckerberg censurou uma matéria do Blog do Esmael, publicada nesta terça-feira (26/04), sobre a abominável prática de tortura durante a ditadura militar.
A aplicação de internet removeu conteúdo desta página independente e progressista alegando que houve violação das políticas do Facebook, que entendeu uma imagem do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura militar [† 25 de outubro de 1975], como se fosse um “suicídio”.
Ocorre que o regime fardado, que assombrou o País entre 1964 e 1985, também divulgou essa foto de Vlado [enforcado na prisão] como se ele tivesse cometido suicídio. Ou seja, os militares foram os primeiros a adotar o negacionismo no combate ideológico a adversários.
Herzog era judeu, assim como Zuckerberg, mas isso não vem ao caso para o Facebook.
Além de dizer que “nunca houve ditadura em nosso país” o deputado “terrivelmente evangélico” disse que “os únicos que dizem que foram torturados foi quem mereceu ser torturado”.
O deputado bolsonarista Ricardo Arruda é missionário da Igreja Mundial do Poder de Deus, a mesma do apóstolo Valdemiro Santiago.
Voltemos à censura do Facebook.
Não foi a primeira vez que a empresa de Mark Zuckerberg censurou o Blog do Esmael, e, possivelmente, outras páginas não alinhadas ao establishment.
No final de março último, o Facebook também bloqueou a conta do Blog do Esmael porque este publicou informações “proibidas” acerca da guerra na Ucrânia [Neonazistas ucranianos combatem a Rússia com armamentos de países ocidentais].
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.