O governador do Paraná Beto Richa (PSDB) faz um “doce” ao dizer que “não sabe” se renunciará ao cargo para concorrer ao Senado. A situação do ex-governador do Rio, Sérgio Cabral (MDB), preso pela lava jato em Curitiba, inspira muito o tucano a disputar um “foro privilegiado” na eleição de outubro.
Motivos não faltam para Beto Richa pleitear um “foro privilegiado” em 2018 (pode ser na Câmara ou no Senado). Ele é réu em duas ações penais do STJ, nas operações lava jato e Superagui (licenças concedidas pelo Instituto Ambiental do Paraná na região do Porto de Paranaguá), e é investigado no âmbito da Operação Quadro Negro.
Cabral não buscou um “foro privilegiado” na eleição de 2014. Foi companheiro de Luiz Fernando Pezão (MDB), o vice eleito em 2014, mas, desprotegido, acabou nas garras do juiz Sérgio Moro.
Dito isto, além de Beto Richa, que não quer dar sorte ao azar, tem o irmão dele, Pepe Richa, que não abre mão do “foro privilegiado”. O secretário de Infraestrutura e Obras tucano almeja uma cadeira na Câmara.
Portanto, é correto afirmar que os irmãos Richa deixarão o governo em 1º de abril próximo para disputar as eleições de outubro.
A vice-governadora Cida Borghetti (PP), mulher do ministro da Saúde Ricardo Barros (PP), comemora desde já. Ela informa que concorrerá à reeleição no cargo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.