Enquanto Sergio Moro abre guerra contra partidos, Alvaro Dias manda cartinha pedindo para ser escolhido

No Paraná, dez candidatos disputam única vaga ao Senado.

Nesse cenário, o ex-juiz Sergio Moro resolveu abrir guerra contra os partidos políticos que entrarem com pedido de impugnação de sua candidatura.

Parece que essa ameaça não funcionou, pois o PT disse que mantém ação e o PSOL também ingressou com um novo pedido de impugnação esta semana.

Enquanto Moro guerreia contra moinhos de vento, tal qual Dom Quixote, o senador Alvaro Dias (PODE) envia cartinha de “amor” pedindo que ele seja o “escolhido” nessa cruenta disputa pelo Senado.

– Que os nossos corações pulsem juntos, no mesmo ritmo, como sempre fizemos até aqui – desejou Alvaro.

Alvaro ainda dá uma canelada no governador cessante Ratinho Junior (PSD) dizendo que não cobrava pedágio quando era o mandatário, até início dos anos 90, época que construiu mais de 3.500 quilômetros de pavimentação, 2.500 quilômetros de restauração asfáltica, 11 mil metros de pontes, 12 mil quilômetros de readequação de rodovias rurais, investimento que atingiu 1 bilhão e cem milhões de dólares.

Economia

– Demos um novo rumo para o Estado. E sem cobrar pedágio – pontua Alvaro Dias, em contraste a Ratinho Jr. que pretende ampliar de 27 para 42 praças de pedágio em um contrato com duração de 30 anos.

Sergio Moro ainda não mandou uma cartinha semelhante porque anda muito ocupado na briga contra os partidos de esquerda.

Veja quem são os candidatos ao Senado pelo Paraná:

  1. Aline Sleutjes (PROS)
  2. Alvaro Dias (Podemos)
  3. Carlos Saboia (PMN)
  4. Desiree Salgado (PDT)
  5. Laerson Matias (PSOL)
  6. Orlando Pessuti (MDB)
  7. Paulo Martins (PL)
  8. Roberto França (PCO)
  9. Rosane Pereira (PV)
  10. Sérgio Moro (União Brasil)

Abaixo, leia a íntegra da cartinha de Alvaro Dias:

Caro amigo(a),

Nesses anos, e foram muitos, nós construímos juntos uma história sem igual.

Chegar até aqui, e agora no auge da minha maturidade política, me faz lembrar com orgulho tudo o que fizemos juntos.

Quando você viaja pelas estradas do Paraná, certamente avista as “casinhas”, símbolo da ampliação e melhoria das rodovias que promovi quando governador. Foram mais de 3.500 quilômetros de pavimentação, 2.500 quilômetros de restauração asfáltica, 11 mil metros de pontes, 12 mil quilômetros de readequação de rodovias rurais, investimento que atingiu 1 bilhão e cem milhões de dólares. Demos um novo rumo para o Estado. E sem cobrar pedágio.

Se você tem um filho formado em universidade estadual ou está estudando no Paraná, talvez não saiba, mas fomos nós que instituímos o ensino gratuito aqui. Isso foi em 1987, primeiro ano de nosso governo.

Me emociona pensar em quantas famílias se transformaram a partir dessa oportunidade. A nossa gente precisa de oportunidade.

No agro, nós revolucionamos a produção, além de termos feito um programa de preservação ambiental, considerado pela FAO e Banco Mundial modelo para o mundo. Criamos programas como o Paraná Rural, plantio direto, micro bacias, manejo integrado dos solos e das águas, recuperação das matas ciliares, abastecedores comunitários, curvas de nível para evitar erosão e assoreamento dos rios e lagos. Aplicamos 45 práticas agrícolas diferenciadas.

Fizemos obras enormes, importantes – como a Hidrelétrica de Segredo – sem nenhum superfaturamento na sua construção.

Esse foi o nosso legado como governador.

Depois, no Senado, encaramos juntos os desafios que consolidaram a força do Paraná no cenário político nacional.

Quem não se lembra da nossa presença nas CPI’s, investigando corrupção e denunciando com coragem os que dilapidavam os cofres públicos? Além de denunciar, propusemos medidas saneadoras, como o fim do foro privilegiado, a inclusão da corrupção entre os crimes hediondos, a prisão após condenação em segunda instância, etc.

Atuávamos no cenário nacional, mas sem esquecer dos municípios, que formam a base da federação. São de nossa iniciativa a Proposta de Emenda Constitucional que permitiu a transferência da taxa de iluminação pública para as prefeituras municipais e a lei que aumentou o volume do salário-educação e sua transferência direta para os municípios de acordo com o número de alunos do ensino fundamental.

Escolhi ficar SEMPRE ao lado do povo e alinhado apenas às minhas convicções. E integrar grupos políticos que espelham as aspirações da sociedade pela ética pública e respeito aos valores essenciais da família brasileira.

Caminho com poucos, e somente com os bons, por isso nunca me sinto sozinho, pois tenho ao lado quem escolhi de verdade, que é o povo do Paraná.

Na última eleição fui candidato à presidência da República porque sou um sonhador. Sonho com um Brasil melhor, um lugar onde a nossa gente viva bem, seja feliz, tenha condições de prosperar pelo trabalho e não pelo sobrenome, cor da pele ou classe social.

E agora sou candidato a mais um mandato no Senado porque não aceito desistir e não vou desistir!

Como poderia descansar sem antes conseguir aprovar definitivamente o fim do foro privilegiado? Como poderia me aposentar sem legar ao nosso povo as reformas pelas quais tanto deseja? Sem contribuir para que o governo adote um projeto estratégico de desenvolvimento que nos permita escapar dessa perversa armadilha da pobreza?

Nasci para fazer o que faço. Essa é a minha missão e por isso vou com vocês até o fim, mesmo que alguns políticos torçam pelo meu fracasso.

Nesses anos de política, as minhas escolhas me trouxeram até aqui sem conivência com o sistema político do atraso. É contra esse sistema que tenho lutado desde sempre!

Não temos tudo, podemos ter pouco diante do sistema promíscuo, mas temos fé em Deus e na vida. Temos coração e o apoio dos paranaenses, que me fizeram chegar tão longe!

Essa foi a minha escolha.

Peço que me escolha.

Que os nossos corações pulsem juntos, no mesmo ritmo, como sempre fizemos até aqui.

Do seu Senador,

Alvaro Dias

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