Em Portugal, a Paraná Pesquisas faz pergunta “capciosa” sobre a Amazônia

Nas vésperas das eleições legislativas em Portugal, o braço internacional da Paraná Pesquisas fez na “pátria mãe” do Brasil uma pergunta considerada “capciosa” pelo Palácio do Planalto.

“Pelo que o(a) Sr(a) sabe ou ouviu falar, depois que o Presidente do Brasil, Lula, assumiu em 2023, o desmatamento da Amazônia melhorou, piorou ou permanece igual?”, indagou a Paraná Pesquisas.

Segundo o instituto, 17,9% consideraram que melhorou a questão do desmatamento, enquanto 33,6% disseram que o desmatamento da Amazônia continua igual. Para 21,8% afirmaram que a situação da floresta piorou, e 26,8% não souberam responder.

[Aqui você lê a íntegra do relatório da pesquisa.]

A pesquisa, focada nas Eleições Legislativas de 2024 em Portugal, envolveu uma amostra representativa da população. Entre os dias 08 e 17 de fevereiro de 2024, foram realizadas 1203 entrevistas telefônicas com eleitores com 18 anos ou mais. A margem de erro, estimada em aproximadamente 3,4 pontos percentuais para os resultados gerais, estratificou-se segundo gênero, faixa etária e posição geográfica.

O levantamento inédito da Paraná Pesquisas sobre as eleições legislativas em Portugal, marcadas para 10 de março, revelou que 69,8% dos entrevistados declararam a intenção de comparecer para votar.

Economia

Quando questionados sobre a expectativa de vitória nas próximas eleições legislativas, 41,4% dos entrevistados mencionaram o Partido Socialista. No entanto, vale destacar a significativa porcentagem de 39,9% que acredita em outra coligação ou partido.

As incertezas políticas em Portugal se refletem na diversidade de opiniões, evidenciando a complexidade do cenário eleitoral.

A pesquisa aborda também a rejeição a partidos e coligações. Entre os entrevistados, 53,0% afirmaram não votar de jeito nenhum na coligação CHEGA, destacando uma polarização marcante. Por outro lado, partidos tradicionais como Partido Socialista e Partido Social Democrata apresentam taxas de rejeição mais equilibradas.

Sobre o desmatamento na Amazônia

O curitibano Cezar Benoliel, com dupla cidadania, já votou nas eleições portuguesas pelos Correios.

O desmatamento na Amazônia caiu 22,3% entre agosto de 2022 e julho de 2023, em comparação com o período anterior. Esta é a menor taxa desde 2019. 

O desmatamento e as queimadas são responsáveis por 49% das emissões nacionais. O Amazonas foi o estado com a maior redução, com uma queda de 40% na área desmatada. 

Em julho de 2023, o desmatamento na Amazônia caiu 66%, um recorde histórico. No período, foram registrados 500 km² de área degradada, contra 1.487 km² em julho de 2022. 

Em setembro de 2023, a Amazônia viveu o sexto mês consecutivo de redução do desmatamento. O acumulado dos primeiros nove meses de 2023 fechou com uma área de floresta derrubada quase três vezes menor do que no mesmo período de 2022. 

Em janeiro de 2024, a floresta amazônica teve seu décimo mês consecutivo na redução do desmatamento. A derrubada passou de 198 km² em janeiro de 2023 para 79 km² em janeiro de 2024, uma queda de 60%.

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