Racha na base do governador Ratinho Junior a partir de Ponta Grossa e Curitiba

A política no Paraná está fervendo, especialmente quando olhamos para o município de Ponta Grossa e a capital, Curitiba. O racha na base do governador Ratinho Junior (PSD) não é apenas um mero detalhe, isolado, mas sim um fenômeno que se estende por diferentes regiões, revelando um tabuleiro de xadrez político complexo e dividido em quatro partes.

No coração dos Campos Gerais, Ponta Grossa se tornou um microcosmo das tensões políticas que afetam o governo de Ratinho Junior. O desdobramento do racha na base é evidente, criando ondas que atingem não apenas as esferas locais, mas reverberam em todo o estado. É crucial entender as nuances desse cenário para decifrar o panorama político paranaense.

Em Curitiba, o epicentro das disputas políticas se desenha em quatro pedaços distintos.

O primeiro, vinculado ao deputado Ney Leprevost (União), testemunhou a exclusão do vereador Alexandre Leprevost (Solidariedade) da base governista. Alexandre é irmão de Ney, que se anuncia candidato à Prefietura de Curitiba.

O segundo, representado pelo ex-deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo), reflete a influência do lavajatismo. Ele ficou magoado com o prefeito Rafael Greca (PSD), que “fez o L” e ainda elogiou publicamente Flávio Dino, novo ministro do STF.

O terceiro, marcado pelo bolsonarismo, se manifesta na candidatura de Ricardo Arruda (PL). Ele segue a orientação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, em entrevista exclusiva ao Blog do Esmael, disse seu correligionário de extrema direita concorrerá ao Palácio 29 de Março – sede do executivo municipal curitibano.

Economia

E, por fim, o quarto quadrante se revela com a candidatura do vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD), também secretário de Estado das Cidades, que tenta se desvencilhar de uma ação popular bem estruturada pelo PSOL. A pré-candidata psolista, Andréa Caldas, vê abuso do poder político do vice.

O quatrilho: Ricardo Arruda (PL), Eduardo Pimentel (PSD), Ney Leprevost (União) e Deltan Dallangol (Novo).

Em comum, todos os quatro citados acima estiveram no mesmo palanque de reeleição do governador Ratinho Junior, nas eleições de 2022, no entanto, agora cada qual busca seu próprio caminho nas eleições de outubro deste ano.

A decisão estratégica de lançar Eduardo Pimentel como candidato, simultaneamente vice-prefeito e secretário de Estado, em 2024, não é apenas uma jogada política, mas uma manifestação clara do tabuleiro dividido na capital.

A implosão da base de Ratinho Junior no Paraná, a exemplo dos casos de Ponta Grossa e Curitiba, pode ter sérias repercussões na base governista da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). Estaremos atentos aos desdobramentos. Continuaremos a observar atentamente como essas peças se movem e como o jogo político se desenrola nas próximas jogadas.

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