Os cardeais governistas se reuniram no imponente Palácio Iguaçu, esta semana, para deliberar sobre quem poderá assumir o papel que certamente será deixado por Eduardo Pimentel (PSD), que desempenha simultaneamente os cargos de vice-prefeito e secretário das Cidades em Curitiba. A ação popular movida pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), representado pela pré-candidata Andréa Caldas, alega violação do princípio da administração pública e da Constituição Federal.
Segundo Caldas, a dualidade de funções de Pimentel levanta questões sobre a legalidade e eficácia de sua atuação, bem como abuso de poder político.
O Centro Cívico, sempre atento aos desdobramentos políticos, murmura sobre a convocação apressada do prefeito de facto Giovani Gionédis para um almoço no Palácio Iguaçu. O encontro tinha como objetivo avaliar as possíveis consequências da ação do PSOL, que aponta abuso de poder político e econômico por parte de Eduardo Pimentel (PSD), que é o pré-candidato governista à Prefeitura da capital nas eleições de outubro.
No tenso ágape, estiveram presentes figuras-chave como o prefeito Rafael Greca, o governador Ratinho Junior, o secretário chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, o presidente da Copel, Daniel Slaviero Pimentel, e o próprio vice-prefeito Eduardo Pimentel. O clima sugere que as discussões foram intensas, com especulações sobre substitutos emergenciais para o cargo de Secretário das Cidades.
Dentre os nomes cogitados para substituir Pimentel na Secretaria das Cidades, destacam-se:
- Lucas Navarro – Assessor do prefeito, locado no gabinete do prefeito.
- Alexandre Jarschel de Oliveira – Secretário de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação – SMAP.
- Rodrigo Araujo – Secretaria Municipal de Obras Públicas.
A ordem emanada do Palácio Iguaçu é clara: ganhar tempo até a desincompatibilização, um prazo crucial de 4 meses para o afastamento de secretários de Estado que pretendem se candidatar nas eleições de outubro.
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Entretanto, não podemos ignorar a figura da juíza Patrícia de Almeida Gomes Bergonse, da 5ª Vara da Fazenda Pública. Sua postura firme, ao solicitar a manifestação do Ministério Público antes de decidir sobre a ação popular do PSOL, denota uma magistrada experiente. Patrícia já desempenhou papel como desembargadora do TRE-PR, adicionando uma camada de dramacidade ao cenário político em questão.
Afinal, quem vai substituir Eduardo Pimentel? Eis a pergunta da semana ecoa do Centro Cívico à tradicional Boca Maldita, no centro de Curitiba.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.