Doria 2: Arthur é o nome da treta entre Tarcísio e Bolsonaro na reforma tributária; entenda

Um intenso conflito político “extra plenário” tomou conta da votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados na semana passada, cujo episódio foi batizado como “Doria 2”, que é explicado logo abaixo pelo Blog do Esmael.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, e o ex-presidente inelegível Jair Bolsonaro, na véspera da votação da reforma tributária, protagonizaram uma disputa acalorada durante uma reunião do Partido Liberal em Brasília.

Nesse episódio, Arthur Lima, chefe da Casa Civil do governo paulista, foi apontado como o pivô dessa treta.

Arthur Lima é cogitado como candidato ao Palácio Bandeirantes em 2026, caso Tarcísio decida concorrer ao Palácio do Planalto.

A presença de Tarcísio na reunião do Partido Liberal teve como objetivo criar um pretexto para o rompimento político com Bolsonaro, asseguram pessoas próximas ao governador.

Essa contenda reflete o cenário político atual e os interesses divergentes entre esses importantes atores que surgiram da mesma raiz bolsonarista.

Economia

Durante a votação da reforma tributária, Tarcísio de Freitas manifestou apoio a cerca de 95% do conteúdo em discussão, mesmo tendo inicialmente resistido à proposta.

O governador reconheceu a importância dessa pauta para São Paulo, especialmente em relação à criação de um conselho federativo que administre os repasses do novo imposto resultante da fusão do ICMS estadual e do ISS municipal. No entanto, isso não foi bem digerido por Bolsonaro, que se manifestou contra a íntegra da reforma tributária aprovada na Câmara.

O embate entre Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro, com a participação ativa de Arthur Lima, reflete os atritos e desavenças no cenário político atual. Essa disputa tumultuada revela divergências entre os bolsonaristas e as indicações de Bolsonaro no governo de São Paulo, resultando em atritos e bloqueios.

Tarcísio busca, através de Arthur Lima, se distanciar politicamente do ex-presidente e criar um novo caminho para sua trajetória política.

A reforma tributária se torna um tema central nesse embate, com Tarcísio expressando apoio à maior parte do conteúdo discutido, porém buscando ajustes, especialmente no que diz respeito à gestão do novo imposto.

Esse conflito político entre Tarcísio de Freitas, Bolsonaro e Arthur Lima continua a evoluir, e os desdobramentos podem influenciar o cenário eleitoral e político nos próximos anos. Porém, uma coisa é certa: o chefe de gabinete de SP quer distância de Bolsonaro porque ele [Arthur] sonha com a cadeira do patrão, istó é, Tarcísio, como governador a partir de 2027.

No entanto, Bolsonaro mandou avisar que não está morto e que vai agir para emperar a reforma tributária no Senado, onde o PL 14 cadeiras.

[O]Caso Doria

Em 2022, João Doria se dizia candidato a presidente da República pelo PSDB. Em nome desse projeto, ele se distanciou do então presidente Jair Bolsnaro (PL) em uma disputa circustanciada nas vacinas contra a Covid-19. Em certa altura do campeonato, sem decolar nas pesquisas, o tucano desistiu de concorrer ao Palácio do Planalto. No entanto, naquele instante, Inês já era morta. O vice Rodrigo Garcia já havia fincado sua bandeira na corrida pelo Palácio Bandeirantes. Doria foi forçado a renunciar ao cargo de governador, mas, na convenção, o PSDB recusou seu nome para o pleito presidencial. Ou seja, [o]caso de Doria virou um fantasma para os políticos que temem a “cristianização” – outro termo criado na política brasileira.

É por tudo isso acima que Tarcísio de Freitas é jocosamente chamado de “Doria 2” entre os bolsonaristas.

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