Diretoria do BNDES rejeita restrição de direitos políticos na privatização da Copel; entenda o caso

URGENTE: BNDESpar pode emperrar assembleia sobre privatização da Copel

Resistência à privatização da Copel levanta debates sobre o futuro da estatal

A resistência contrária à privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) tem gerado intensos debates sobre o futuro da estatal no Paraná. Diversos atores políticos e especialistas em economia têm expressado suas preocupações em relação aos possíveis impactos negativos da venda da empresa. E, na véspera da assembleia geral dos acionistas da estatal, um fato novo sacode os entreguistas, os que defendem a privatização da energética.

O deputado Arilson Chiorato (PT), coordenador da Frente Parlamentar em Defesa das Empresas Públicas, que, recentemente, questionou a postura do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em relação à privatização da Copel, comunicou na noite deste domingo (9/7) que o banco solicitou a retirada de itens da pauta da Assembleia Geral, nesta segunda-feira (10/7), às 14h30, que diluem o poder de voto do governo do Paraná e do BNDESpar, além de removerem o Estado como acionista controlador da estatal.

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Segundo o deputado, essa iniciativa do BNDES foi uma resposta ao pedido da Frente Parlamentar em Defesa das Empresas Públicas, que busca preservar o interesse público e evitar prejuízos ao Paraná. Chiorato ressaltou a importância de que o governador Ratinho Jr. (PSD) atenda à exigência do BNDES, evitando assim um conflito desnecessário.

Em suas declarações, o deputado Arilson Chiorato reforça a luta contra a privatização da Copel, destacando que a empresa é um patrimônio do povo paranaense e que a venda poderia resultar em tarifas mais caras e precarização dos serviços.

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O parlamentar também alertou para a instabilidade e incertezas que têm sido vivenciadas pelos servidores da Copel em relação ao futuro da estatal. Alguns servidores já estão estudando aceitar o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que prevê um Programa de Demissão Voluntária (PDV).

A privatização da Copel também foi tema de uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Paraná, proposta pelo deputado Arilson Chiorato. Durante o evento, diversos parlamentares manifestaram suas preocupações e posicionamentos contrários à venda da estatal.

O ex-governador Roberto Requião ressaltou a importância estratégica da Copel para o desenvolvimento do estado, afirmando que a energia elétrica é o principal insumo do progresso. Já a deputada Luciana Rafagnin destacou que a privatização poderia resultar na perda do controle das tarifas e no fim de programas sociais promovidos pela empresa.

Diante das irregularidades e contradições envolvendo a privatização da Copel, os deputados Arilson Chiorato e Requião Filho se reuniram com o presidente do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), Fernando Guimarães, para solicitar atenção do órgão na fiscalização do processo.

Eles entregaram ao presidente do TCE-PR uma carta do Fórum Popular em Defesa da Copel, ressaltando a importância de proteger o patrimônio público do estado e destacando as ações já realizadas pela Frente Parlamentar para fiscalizar a operação.

A resistência contrária à privatização da Copel continua mobilizando diversos setores da sociedade paranaense.

A preocupação com a possível precarização dos serviços e o aumento das tarifas tem sido amplamente debatida, assim como a defesa do caráter estratégico e social da empresa.

O desenrolar desse processo continuará sendo acompanhado de perto, visto que envolve interesses econômicos e políticos significativos.

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