Dólar na casa dos R$ 4 agrava crise dos combustíveis

A política de preços da Petrobras, que atrela o aumento do combustível à flutuação do dólar e à cotação internacional do petróleo, ganhou ar de dramaticidade nesta quinta (7) com a moeda norte-americana batendo na casa dos R$ 4. A cotação de hoje chegou a R$ 3,92, ultrapassando o valor de março de 2016.

A crise dos aumentos abusivos da Petrobras, que teve o ápice na greve dos caminhoneiros, parece longe de chegar ao fim. O governo Michel Temer não consegue chegar a uma solução, pois ele tem dificuldades para desatrelar-se dos especuladores (acionistas estrangeiros) que lucram com os reajustes diários nas refinarias.

Se por um lado lucram os sócios privados da estatal, por outro, sofrem os consumidores brasileiros na hora de abastecer nos compostos e de comprar o gás de cozinha (quando encontra o produto). Eles ganham seu salário em real, mas têm que pagar pelos combustíveis em dólar. Eis a difícil equação de ser fechada.

Portanto, Michel Temer terá de fazer uma escolha: ou os consumidores brasileiros ou os especuladores gringos.

Escolher os brasileiros significa abandonar a criminosa política de reajustes diários dos combustíveis. Optar pelo “mercado” significa virar as costas mais uma vez para os nacionais.

Nesse dilema, de olho nas urnas, até os ultraliberais já pedem intervenção estatal nos preços.

Economia

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