Deputado bolsonarista Paulo Martins ataca Alvaro Dias, que é alvo de Sergio Moro

► Paulo Martins, pré-candidato ao Senado, disse que tem apoio de Bolsonaro

► Sergio Moro desconfia que está sendo “roubado” nas pesquisas de intenções de voto

► Alvaro Dias espera apoio público de Jair Bolsonaro e Ratinho Junior

Há uma guerra sendo travada no Paraná pelo apoio do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL) e, consequentemente, pelo apoio do governador cessante Ratinho Junior (PSD), cujo resultado pode ser mais catastrófico que o conflito entre Rússia e Ucrânia.

De um lado, o deputado federal bolsonarista Paulo Martins (PL), que jura ter o apoio incondicional de Bolsonaro na sua luta pelo Senado.

De outro, o senador Alvaro Dias (PODE), que, para seduzir Bolsonaro, comporta-se como “líder do governo” no Senado – votando favoravelmente às matérias do Palácio do Planalto.

– Boa conversa hoje com o presidente Jair Messias Bolsonaro sobre o Brasil e o Paraná. Ao pessoal que planta fake news para desestabilizar minha pré-candidatura ao Senado, deixo o sabugo do milho que está sobre a mesa – disparou em seu perfil no Facebook o deputado Paulo Martins.

Deputado Paulo Martins: "Ao pessoal que planta fake news para desestabilizar minha pré-candidatura ao Senado, deixo o sabugo do milho que está sobre a mesa."
Deputado Paulo Martins: “Ao pessoal que planta fake news para desestabilizar minha pré-candidatura ao Senado, deixo o sabugo do milho que está sobre a mesa.”

Como confusão pouca é bobagem, o ex-senador Roberto Requião, pré-candidato do PT ao Palácio Iguaçu, deu uma ajudinha adicionando gasolina à fogueira.

Requião foi ao fundo do baú resgatar um vídeo em que Alvaro Dias xinga Bolsonaro de bandido, vagabundo, e diz que o presidente “está morto” e não ganha de ninguém no segundo turno. Esse “malando das praias cariocas” não vai fazer nada pelo Paraná, afirmou o senador.

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– Álvaro Dias esculhamba com grande violência Bolsonaro. Mas agora votou para não sair a CPI do MEC. O que está acontecendo com o nosso ilustre senador? – publicou Requião em seu venoso Twitter.

A bem da verdade, esse vídeo é da eleição de 2018.

Depois que Bolsonaro foi eleito, Alvaro ajoelhou-se no milho e pediu perdão para o presidente da República. No entanto, os bolsonaristas e o próprio Bolsonaro guardaram essa mágoa na geladeira para conservá-la bem com o intuito de usá-la na eleição para o Senado deste ano.

Mas você pensa que já acabaram as dedadas nos olhos e chutes no saco?

Que nada!

O ex-juiz Sergio Moro (União), também pré-candidato ao Senado, a correligionários, afirmou que está sendo “roubado” nas pesquisas de intenção de voto. Ele apontou o dedo para recente sondagem do instituto Ipespe encomendada por Alvaro.

O Ipespe, do cientista político Antônio Lavareda, não divulgou os números sobre a corrida pelo Palácio Iguaçu – como prometido no registro do TSE.

Segundo frequentadores da Boca Maldita, centro político nervoso da política na capital paranaense, a pesquisa Ipespe para o governo do estado não foi divulgada porque há ‘interesse cruzado’ entre o instuto e o governo Ratinho Junior. Qual seja, a Agência de propaganda Lua, que tem conta de R$ 120 milhões, foi fundada por Lavareda.

Além disso, dizem deputados da oposição e da situação, no Centro Cívico, o levantamento do Ipespe estaria apontando segundo turno entre Ratinho Junior e Roberto Requião. Por isso o sumiço da sondagem Antônio Lavareda/Ipespe/Lua.

Dito isso, Moro pediu para que advogados do União Brasil estudem providências contra o que ele considera “roubo” na mão grande e no grito. Ele também estuda requerer a divugação dos números do Ipespe para o governo do Paraná.

Segundo assessores do ex-juiz, Sergio Moro sentiu que o cheiro de enxofre veio do Palácio Iguaçu.

A oposição de esquerda assiste à guerra Martins x Alvaro x Moro da arquibanda.

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