No próximo dia 11 de novembro, um sábado, haverá plenária sobre a implantação da tarifa zero para os usuários do transporte coletivo de Curitiba e Região Metropolitana.
O evento será no Sintracon (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil), das 9 horas às 13 horas, no endereço Rua Trajano Reis, 538, bairro São Francisco.
Dito isso, essas pessoas de boa-fé têm a obrigação moral de debater o fim dos atravessadores no transporte coletivo, que deve ser controlado pelas prefeituras metropolitanas, incluindo a da capital, isto é, devem ser realmente públicos.
A mordida do concessionário historicamente elevou o preço da tarifa para usuários e erário, enquanto a qualidade do serviço não recebeu a contrapartida necessária, haja vista as demoras e os ônibus superlotados.
Portanto, a tarifa zero não pode ser um prêmio para esse atravessador privado que recebe recursos públicos sem risco algum.
Os concessionários de ônibus sonham em mamar deitados, onde o tesouro municipal faz o repasse integral da tarifa sem sazonalidades ou solavancos.
É o capitalismo sem riscos que eles desejam continuar praticando.
A tarifa zero é possível, sempre foi possível, mas o atravessador concessionado é o grande sabotador porque ele custa muito caro e põe em risco esse belo projeto.
Seria inteligente por parte do próximo prefeito, a ser definido nas eleições 2024, estabelecer o transporte público sem a concessão privada para realmente implementar a tarifa zero aos 100% dos usuários.
O direito de ir e vir é constitucional, no entanto, o atravessador sempre emperrou esse benefício sobretudo à sociedade curitibana.
Portanto, é fundamental que essa plenária do próximo dia 11 de novembro estabeleça como meta a eliminação da concessão privada do transporte público em Curitiba e na região metropolitana.
É preciso resistir ao lobby dos empresários do setor.
Prefeitura de Curitiba planeja nova concessão em 2025
O atual contrato de concessão vence no mês de setembro de 2025, quando completará 15 anos.
Portanto, o próximo prefeito de Curitiba irá comandar ou não a renovação da modelagem de concessão do transportel coletivo.
Esse modelo vigente consiste na concessão de 22 terminais de integração, 244 linhas urbanas, 62 linhas metropolitanas que integram com o sistema e três linhas mistas (urbanas e metropolitanas).
A frota é de 1,1 mil ônibus em Curitiba e região metropolitana, que transporta 15 milhões de passageiros por mês que utilizam o transporte da capital, e 3,2 milhões da região metropolitana.
Em outubro passado, a Prefeitura de Curitiba anunciou a assinatura de um contrato com o BNDES visando a estruturação e modelagem do projeto da nova concessão do transporte coletivo.
Estranhamente, nenhuma entidade do movimento popular que defende a tarifa zero foi convidada para essa “festa” com dinheiro federal subsidiado.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Gustavo fruet, quando prefeito, também falou dessa possibilidade. Foi atacado pela imprensa.
Prezados,
Importante essa discussao.
Está faltando colocar na matéria quem está convocando essa Plenária.
Lafaiete Neves
Nas convocações que vi e li, não está claro quem está convocando a plenária. Seria interessante para complementar… Se puder informar, caro professor, agradeço antecipadamente. Abraço.