Mais de 60 pessoas morreram em protestos no Peru, que exigem a renúncia da presidente Dina Boluarte e de parlamentares há quase dois meses.
Os protestos aumentaram desde que Boluarte assumiu a presidência em 7 de dezembro, depois que o Parlamento votou pela destituição do ex-presidente Pedro Castillo, que tentou dissolver o Congresso.
Desde o golpe, no fim do ano passado, mais de 60 pessoas já morreram no Peru – informam agências de notícias internacionais.
Os manifestantes exigem a renúncia de Boluarte, a renúncia de parlamentares, a convocação de uma assembléia constituinte, eleições antecipadas e justiça para os mortos nos protestos.
Alguns manifestantes também exigem a libertação e reintegração de Castillo como presidente.
O Congresso rejeitou um projeto de lei para antecipar as eleições gerais para o final de 2023, o que agrava a crise no país.
Maioria pede renúncia da presidente Dina Boluarte
Uma pesquisa recente indica que a maioria dos peruanos é a favor da antecipação das eleições para 2023 e da renúncia do presidente Dina Boluarte, considerada uma golpista pelos peruanos.
O levantamento também aponta que há um alto percentual de desaprovação em relação à gestão do primeiro-ministro e do presidente do Congresso, bem como à gestão parlamentar e ao fechamento do Congresso.
Além disso, é mencionado que há um aumento da repressão policial contra manifestantes e confrontos violentos em Lima que deixaram ao menos 60 pessoas mortas.
Sobre a pesquisa
No Peru, a maioria da população (73%) apoia a realização de eleições em 2023.
O governo da presidente Dina Boluarte foi reprovado por 75% dos entrevistados.
A administração do primeiro-ministro Alberto Otárola também foi desaprovada por 71% da população.
A desaprovação do Congresso e de seu presidente José Williams também aumentou, com 89% e 76% da população, respectivamente, rejeitando sua gestão.
A situação política no Peru é marcada pela violência e incerteza, com confrontos violentos entre manifestantes e policiais que deixaram mais de 60 mortos.
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