Coluna do Marcelo Araújo: “Por que custo do metrô de Fruet saltou de R$ 2,3 bi para R$ 4,6 bi?”

Marcelo Araújo, especialista em trânsito e multas, reabre hoje a seção de colunas no blog; advogado afirma que o prefeito Gustavo Fruet, na essência, copiou o projeto da gestão anterior (Luciano Ducci), mas vitaminou no orçamento; execução do projeto era calculada em R$ 2,3 bi e na administração do pedetista bateu na casa dos R$ 4,6 bi; "Mas será que não podia ser por menos?", questiona o colunista; leia o texto.
Marcelo Araújo, especialista em trânsito e multas, reabre hoje a seção de colunas no blog; advogado afirma que o prefeito Gustavo Fruet, na essência, copiou o projeto da gestão anterior (Luciano Ducci), mas vitaminou no orçamento; execução do projeto era calculada em R$ 2,3 bi e na administração do pedetista bateu na casa dos R$ 4,6 bi; “Mas será que não podia ser por menos?”, questiona o colunista; leia o texto.
por Marcelo Araújo*

Sendo este o primeiro contato do ano com o público leitor do Blog, gostaria de desejar a todos, bem como aos colegas colunistas e ao Esmael, saúde, prosperidade e defesa ao debate democrático e respeitoso. Após um Natal privado de iluminação e abastado de crateras, começamos 2014 em destaque internacional em relação à  Copa do Mundo como os primeiros de trás pra frente, e se até 18 de fevereiro ventar muito, nem isso…

A mobilidade urbana é um dos desafios a serem enfrentados por todas as médias e grandes cidades. Vimos recentemente a onda de protestos que se alastrou por todo o país tendo como foco principal o transporte público.

Esse assunto já tinha sido amplamente debatido nas últimas eleições. O então candidato e atual prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, criticou bastante os projetos de mobilidade em andamento, especialmente o projeto de implantação do metrô de Curitiba. A idéia de se implantar um sistema de transporte sobre trilhos em Curitiba não é nova, mas foi na gestão anterior que o projeto ganhou corpo.

Foram anos de estudos, em parceria com o Governo Federal, até se chegar à  elaboração do projeto básico. Projeto esse aprovado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos !“ CBTU, empresa pertencente ao Governo Federal, que atua no transporte metro-ferroviário em diversas cidades brasileiras.

Desde o início da atual gestão municipal esse projeto, outrora elogiado pela nossa Presidenta, foi duramente criticado. Passado o primeiro ano vemos que o projeto original, duramente criticado até hoje, não deve ser tão ruim assim.

Economia

O traçado, anteriormente colocado em dúvida, permanece o mesmo – Santa Cândida/CIC Sul – ao longo da canaleta existente, e assim ocorre com o projeto como um todo. Quem tiver o interesse em comparar os dois! projetos verá que se trata de apenas um.

Alguns penduricalhos! mudaram, mas não o projeto de engenharia em si. Graças aos novos recursos liberados pelo Governo Federal para as principais capitais do país após os protestos, foi possível alterar alguns pontos relativos à  implantação do projeto.

Mudaram a extensão da primeira etapa de implantação, antes de aproximadamente 14 km, entre CIC Sul e Rua das Flores, para cerca de 17 km, indo do CIC Sul ao Cabral;o método construtivo para a construção do túnel, que será utilizado o Shield!, e o mais intrigante, foram adiadas a implantação de três estações, ou seja, os passageiros terão que caminhar bastante para acessar uma estação nesses trechos.

Agora o que mudou mesmo foi o orçamento previsto para implantação da obra, um salto de R$ 2,3 bilhões para R$ 4,6 bilhões. A implantação do metrô de Curitiba todos sabemos é uma necessidade, mas será que não podia ser por menos?

*Marcelo Araújo é advogado, presidente da Comissão de Trânsito, Transporte e Mobilidade da OAB/PR. Escreve nas segundas-feiras para o Blog do Esmael.

Deixe um comentário