Conta o jornal carioca O Globo, na coluna do jornalista Lauro Jardim, nesta segunda-feira (30/10), que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) tem enfrentado uma verdadeira saga nos últimos trinta dias, em sua tentativa de intimar o ex-juiz Sergio Moro e a juíza Gabriela Hardt em relação a uma representação disciplinar aberta em setembro.
A ação foi movida pelo corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, e visa esclarecer as alegações de uma suposta “gestão caótica” dos recursos arrecadados por meio de acordos de delação e leniência no âmbito da Operação Lava Jato.
Ambos Moro e Hardt, que em um passado recente ocuparam os cargos de titulares de casos da Lava Jato na 13ª Vara Federal de Curitiba, juntamente com desembargadores do TRF4, se encontram no centro de uma investigação que tem despertado grande interesse público.
Alegações de uma gestão inadequada dos recursos captados por meio dos acordos de colaboração e leniência trouxeram essa representação disciplinar à tona.
A saga para intimar Sergio Moro tem sido particularmente desafiadora.
Um oficial de Justiça foi enviado ao escritório de Moro em Curitiba em duas ocasiões distintas, porém, sem sucesso em seu intento.
Moro estava em Brasília na época, como relatado por um membro de sua equipe.
O oficial solicitou o contato telefônico do ex-juiz, mas sua solicitação foi recusada.
Mesmo após deixar um recado e fornecer seu próprio número de contato, Moro não procurou o oficial para concluir o processo de intimação.
No caso de Gabriela Hardt, que deixou sua atuação nos casos da Lava Jato em junho, as férias da juíza representaram um obstáculo.
Ela chegou a receber uma mensagem do oficial de Justiça pelo WhatsApp, porém, informou que estava em uma viagem aos Estados Unidos, inclusive compartilhando sua localização para comprovar a veracidade de sua declaração.
Até o momento, a tentativa de intimação de Sergio Moro e Gabriela Hardt não obteve sucesso.
O caso foi devolvido ao Conselho Nacional de Justiça em 29 de setembro, sem que os dois ex-juízes tenham sido notificados oficialmente.
Ocorre que no caso de Moro, o CNJ fica a apenas 800 metros do Senado – o que demandaria 7 minutos dentro de um carro para chegar até lá.
De acordo com o artigo 362 do Código de Processo Penal, se o oficial de Justiça verificar suspeitas plausíveis de que o réu está se ocultando para não ser citado em uma ação penal poderá certificar a ocorrência e proceder à citação com hora certa.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Porque será? Cooperativismo, falta de competência ou eles estão se escondendo! Umas das três pode ser, mas, pode haver mais motivos para isso também, quem sabe né?
É um absurdo muito grande ,,a Justiça não conseguir intimar um Senador que está no seu exercício de função no Senado Federal .
É só o oficial de justiça ir até o Senado e lá vai encontrar o Sérgio Moro
Diante de tudo isso,,, dá para ver que o Moro ainda é respeitado na Justiça.
O CNJ e da mesma laia dos dois.