A China lançou com sucesso um novo satélite de sensoriamento remoto desde o Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na Província de Sichuan, no sudoeste da China, no domingo (27/11), enquanto relatava-se protestos em várias partes do país contra a política de “covid zero”.
O satélite Yaogan-36 foi lançado por um foguete transportador Longa Marcha-2D às 20h23 (horário de Beijing) e entrou na órbita planejada com sucesso.
Esta foi a 451ª missão de voo dos foguetes transportadores da série Longa Marcha.
Sobre a política “covid zero” na China
Várias cidades chinesas, incluindo Pequim, Guangzhou, Chongqing e Zhengzhou, otimizaram ainda mais suas medidas anti-COVID-19, com alguns locais permitindo que residentes sem atividades sociais fiquem livres de testes em massa. É uma medida para tomar ações mais direcionadas e baseadas na ciência para conter os surtos, já que o país relatou novos casos diários de mais de 30.000 na semana passada.
A parte continental da China relatou no domingo 3.748 casos locais confirmados de COVID-19 e 36.304 portadores assintomáticos locais, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde na segunda-feira.
Vários distritos em Guangzhou, província de Guangdong, no sul da China, aconselharam os residentes a fazer testes de ácido nucleico com base em suas necessidades. As autoridades distritais de Yuexiu e Liwan de Guangzhou anunciaram na noite de domingo e na manhã de segunda-feira que os idosos que ficam em casa, os estudantes que fazem aulas on-line diariamente, os funcionários que trabalham em casa e outras pessoas sem atividades comunitárias não precisam participar da triagem em massa na segunda-feira se eles não precisarem sair. O objetivo é reduzir os riscos de infecção e economizar recursos.
“Foi a primeira vez que vi tal anúncio de que pessoas sem atividades comunitárias não precisam participar de triagem em massa, que do ponto de vista epidemiológico é uma abordagem muito científica que outras regiões podem considerar adoção semelhante”, Zhuang Shilihe, um especialista médico baseado em Guangzhou que acompanha de perto as questões de saúde pública, disse ao Global Times na segunda-feira.
Esta medida pode ajudar a aliviar a grande pressão sobre os testes diários e reduzir o risco de infecção para aqueles que costumam ficar em casa, uma vez que as reuniões de grupo nos locais de teste podem aumentar o risco de infecção, disse Zhuang.
Juntamente com Guangzhou, algumas outras cidades estão otimizando as medidas de prevenção de maneira mais precisa. No município de Chongqing, no sudoeste da China, os residentes que vivem em comunidades sem casos positivos nos últimos cinco dias não precisam participar da última rodada de testes de ácido nucleico em massa.
Zhengzhou, na província de Henan, no centro da China, classificou cientificamente as regiões de alto risco e suspendeu a triagem centralizada em outras regiões de baixo risco. Em Xangai, a detecção de ácido nucleico livre e normalizada foi estendida até 31 de dezembro deste ano. Para conveniência dos residentes locais, as comunidades são obrigadas a providenciar testes pelo menos duas vezes por semana para eles.
Uma moradora de Wuhan, de sobrenome Lin, disse ao Global Times na segunda-feira que ela e muitos de seus amigos que moram nos distritos de Jianghan e Jiang’an se sentem à vontade para entrar e sair de seus complexos residenciais. “A partir desta manhã, alguns conjuntos residenciais declararam o fim da gestão estática”, disse Lin.
Esses movimentos são elogiados por especialistas e residentes, que disseram que a exploração constante das autoridades locais e a discussão acalorada de especialistas e do público podem ajudar a China a buscar uma abordagem mais científica para lidar com casos crescentes.
A China divulgou uma circular para otimizar ainda mais as respostas ao COVID-19, anunciando 20 medidas de prevenção e controle em 11 de novembro. ou “deitado” na luta contra o vírus.
Em regiões sem infecções, os testes de ácido nucleico devem ser realizados entre pessoas em cargos de alto risco ou em grupos-chave com base na nona edição dos protocolos de controle da COVID-19 da China, e não é permitido expandir a cobertura do teste, de acordo com a circular .
Pequim implementará resolutamente a nona edição dos protocolos de controle do COVID-19 e 20 medidas de prevenção e controle, para realizar medidas de prevenção e controle direcionadas e classificadas com base nas diferentes situações epidêmicas para conter o vírus de maneira científica e precisa, Xu Hejian , um porta-voz do Governo Municipal de Pequim, disse na coletiva de imprensa de segunda-feira.
Todos os esforços foram feitos para colocar as pessoas e suas vidas acima de tudo. Diante do Omicron BF.7, que tem a capacidade de infecção mais forte em toda a família de subvariantes Omicron na China, Pequim adotou medidas otimizadasna prevenção e controle da COVID-19 na comunidade. O controle temporário será realizado por não mais de 24 horas, em princípio, e é estritamente proibido bloquear o acesso de combate a incêndios e as entradas da comunidade com cercas rígidas, disseram autoridades de Pequim no domingo.
O tópico “várias regiões ajustando as políticas de triagem do COVID-19” ganhou ampla atenção nas mídias sociais, obtendo mais de 650 milhões de visualizações no Sina Weibo, semelhante ao Twitter chinês, na segunda-feira até o momento desta publicação. As políticas otimizadas foram bem recebidas por muitos internautas. Houve também algumas outras discussões, como se os casos positivos de COVID-19 deveriam ser colocados em quarentena em casa.
A nona edição dos protocolos dizia que os casos positivos deveriam ser colocados em quarentena centralizada ou enviados para hospitais designados para tratamento.
Li Dongzeng, especialista médico do Hospital Xiaotangshan de Pequim, viu alguns idosos infectados com COVID-19 e desenvolveram sintomas graves, exacerbando suas condições subjacentes, de acordo com o Beijing Daily na segunda-feira.
Para portadores assintomáticos, a maioria das pessoas está disposta a ficar em casa para observação médica, disse Li.
Seria ideal se a política pudesse ser direcionada a uma família ou indivíduo específico, disse Li. No entanto, exige que os profissionais de saúde avaliem o ambiente da comunidade, ventilação doméstica, esgoto e fatores de tratamento de resíduos para garantir que os residentes ao redor estejam seguros, observou Li.
“A realidade é que não existe um método confiável de avaliação e muitas comunidades não conseguem fazê-lo, o que significa que a estratégia de quarentena centralizada é uma consideração prática”, disse Li.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.