A jornalista Mônica Bergamo, na Folha, relata que a historiadora Lilia Schwarcz, a psicóloga Lia Vainer Schucman e o cineasta Pedro Farkas são três dos mais de 230 profissionais e intelectuais judeus que assinam uma carta defendendo que o governo Bolsonaro “tem fortes inclinações nazistas e fascistas”.
“É preciso chamar as coisas pelo nome”, diz o documento.
O uso de termos relacionados ao nazismo e ao holocausto para se referir a atos do governo federal e a restrições da epidemia tem sido criticado por entidades judaicas.
Parte da comunidade judaica apoiou a eleição de Bolsonaro em 2018.
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Adeus, querido Netanyahu
A carta de judeus defenestrando Bolsonaro coincide com a volta dos protestos de rua no Brasil, pedindo o impeachment do mandatário, e com a possível queda do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em Israel.
Netanyahu e Bolsonaro se acham os escolhidos de “Deus” e, em nome Deste, acreditam erroneamente que tudo podem fazer.
Até quarta-feira, dia 2 de junho, esquerda, centro e direita têm que chegar a um entendimento de gabinete alternativo a “Bibi” –apelido do premier israelense.
Benjamin Netanyahu, 12 anos no poder, está em julgamento pela prática de corrupção no governo.
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.