“Cadê a polícia desta cidade?”, pergunta educadora após ônibus escolar ser atingido por tiros disparados por bolsonaristas em ato antidemocrático

  • Ônibus escolar com 30 alunos é alvo de atentado terrorista com arma de fogo no Paraná

Que os atos antidemocráticos já extrapolaram o limite da tolerância faz bastante tempo todo mundo já sabe. Também há muito está evidente a prevaricação do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), e seu comando-geral da Polícia Militar acerca dos atos antidemocráticos no estado.

O problema é que essas manifestações contra a democracia podem fazer vítimas fatais, vide o relato vindo do município de Bandeirantes, Norte do Paraná, onde bolsonaristas que estão acampanhados em frente ao Tiro de Guerra, do Exército Brasileiro, efeturaram ao menos dois disparos com arma de fogo contra um ônibus escolar. O veículo tranportava crianças e adolescentes, que participavam de um evento de fanfarra na vizinha cidade de Itambaracá.

O ônibus escolar transportava cerca de 30 alunos do Colégio Estadual do Paraná Cyriaco Russo quando, na noite de quinta-feira (24/11), foi alvo do atentado terrorista, relataram alunos e professores em boletim de ocorrência registrado na 2ª Companhia do 18º Batalhão da Polícia Militar de Bandeirantes.

Os disparos teriam sido efetuados quando alunos fizeram “L” em alusão à vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto a manifestação antidemocrática tem o objetivo de não reconhecer o resultado das eleições 2022.

Ao portal da Band, a coordenadora da fanfarra desabafou:

“Já passaram dos limites, pelo amor de Deus, virou cidade sem lei agora? Normalizaram sair por aí atirando em ônibus escolar com crianças e adolescentes dentro? E se pega em algum aluno? São seus filhos que estão em perigo. Cadê a polícia desta cidade, que não toma uma atitude? Mas democracia, eles tem o direito, direto de atirar nas pessoas? Que absurdo, olha proporção que isso vem tomando, é vergonhoso. Além de ser muito perigoso”, disse a educadora, que pediu para não ser identificada.

Economia

Uma estudante de 18 anos, que também pediu para não ser identificada, por questões óbvias, disse ao portal da Band:

“A gente estava fazendo uma apresentação em Itambaracá e quando a gente estava voltando, a gente passou em frente ao Tiro de Guerra. A gente veio batendo nos instrumentos e gritando desde quando a gente saiu. E quando a gente passou em frente ao Tiro de Guerra, a gente viu um homem de camisa branca e jaqueta preta apontando uma arma e deu dois tiros. Quando a gente viu, o ônibus estava com os vidros trincados. E a gente foi direto para a delegacia.”

O deputado Arilson Chiorato (PT), líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná, protestou contra a violência na política.

“Um ônibus com 30 estudantes foi alvo de tiros em Bandeirantes, ao tentar passar por protesto contra o resultado das eleições presidenciais. Por sorte, ninguém se feriu. Precisamos de medidas efetivas contra esses atos violentos e antidemocráticos. Basta!”, disse Chiorato.

Os bolsinaristas que participam dos atos antidemocráticos em Bandeirantes negam a autoria dos disparos contra o ônibus escolar, no entanto, alundos, educadores e motorista do ônibus confirmam a mesma versão.

O município de Bandeirantes, no Norte do Paraná, fica a 381 km de Curitiba e possuiu 31,5 mil habitantes. O prefeito atual é Jaelson Ramalho Matta, do Podemos.

Veja as imagens:

https://twitter.com/esmaelmorais/status/1596505058916859904

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