Sem ter muito o que fazer, e sem nenhuma noção da realidade, os robôs bolsonaristas resolveram fazer um tuitaço pedindo: #AbramAsEscolas. O resultado foi um tiro no pé.
O ano letivo já está comprometido e a volta às aulas de maneira desordenada, sem que haja a imunização através de uma vacina, pode fazer com que os casos de Covid-19 voltem a crescer; logo agora que começaram a diminuir.
Confira algumas postagem rechaçando a volta às aulas na pandemia:
#AbramAsEscolas
Ekkskdkx o gado acha que as escolas só tem crianças, não tem professor de idade não, não tem o tio velinho da limpeza não, não tem a diretora com bronquite e nem tem prato, talher, copo e bebedouro comunitários não… pic.twitter.com/HTVWWPvFW1— Lilith (@Lilithloser) September 15, 2020
O bolsonarista Leandro Ruschel é um dos que levou várias invertidas depois de dizer que as escolas em Miami abriram e está tudo bem…
O CARA TÁ EM *MIAMI* E QUER OPINAR SOBRE ABRIR AS ESCOLAS NO *BRASIL*
VSFD KKJJJKKKKJKKKKKKKJ pic.twitter.com/QoSJR6UIlY
— ? ? ? ? ? ℕ ? (@UDesprezado) September 15, 2020
Leandro… você está em Miami. Faz ideia de como são as escolas públicas no Brasil?
A reabertura está acontecendo de forma gradual… é o melhor caminho. Cada município tem suas especificidades.
Esse discurso simplista de #AbramAsEscolas é irresponsável!
— ? Walisson ? ?? (@walissondv) September 15, 2020
É claro que cada Estado e Município deve avaliar a sua realidade. Mas não é absurdo dizer que sem vacina, fica difícil a educação voltar ao normal.
Covid-19: Vacina chinesa pode estar disponível à população em novembro
Uma vacina contra a Covid-19 desenvolvida na China pode estar pronta para aplicação em larga escala a partir de novembro, afirmou um alto funcionário do governo à imprensa estatal, enquanto se intensifica uma corrida mundial para a fase final de testes clínicos.
Na noite de segunda-feira (14), o principal especialista em biossegurança do Centro Chinês para o Controle de Doenças afirmou ao canal estatal CCTV que uma vacina estaria disponível ao público em geral “por volta de novembro ou dezembro”. Segundo ele, os resultados clínicos da fase 3 do fármaco, que não foi especificado, mostram “uma rápida evolução”. O especialista afirmou que foi vacinado em abril e que se sentiu bem nos últimos meses, sem informar o imunizante inoculado em seu corpo.
LEIA TAMBÉM
Covid-19: Brasil ultrapassa 132 mil mortes e registra 381 novos óbitos nesta segunda
A maioria dos brasileiros é favorável à obrigatoriedade da vacina, diz pesquisa de opinião
O vital exercício crítico da cidadania, por Enio Verri
Em vídeo, Bolsonaro nega que irá congelar pensões e aposentadorias; assista
Pré-sal: TRF-4 manda rebatizar campo de Lula
PSOL carioca protocola novo pedido de impeachment contra Crivella
Os cientistas chineses vêm expressando otimismo com os avanços. As empresas Sinovac Biotech e Sinopharm exibiram neste mês as vacinas que desenvolvem em um evento comercial em Pequim. Responsáveis dos dois laboratórios farmacêuticos afirmaram que esperam a aprovação dos produtos após os testes da fase 3, que devem ser realizados até o fim do ano.
A CoronaVac, desenvolvida pela Sinovac Biotech, é testada atualmente no Brasil em voluntários de seis estados. O governador de São Paulo, João Doria, disse na última quarta-feira (9) que os testes clínicos realizados com o fármaco no país mostraram resultados “extremamente positivos”. “Uma ampla campanha de vacinação pode começar em dezembro”, afirmou o governador na semana passada.
A Sinovac concluiu uma parceria com o Instituto Butantan, centro de pesquisas de São Paulo, para desenvolver a fase 3 dos ensaios clínicos de seu produto. O acordo dá ao Instituto o direito de produzir 120 milhões de doses da vacina, suficientes para imunizar 60 milhões de pacientes.
O Brasil, que já participa dos ensaios clínicos organizados pelos grupos Oxford/AstraZeneca, Sinovac Biotech e Pfizer/BioNTech, também participa dos testes com o imunizante da Sinopharm, em um acordo firmado no final de julho com o governo do Paraná.
Nove vacinas em fase final de testes
Atualmente, em todo o mundo, há nove candidatas à vacina contra o novo coronavírus em fase avançada de testes em voluntários, mas recentemente algumas enfrentaram obstáculos. O grupo farmacêutico AstraZeneca e a Universidade de Oxford interromperam temporariamente os experimentos clínicos na semana passada, depois que uma voluntária apresentou um efeito colateral inexplicável.
Algumas vacinas candidatas chinesas foram disponibilizadas a trabalhadores essenciais no âmbito de um programa de emergência. Um porta-voz da empresa Sinovac indicou no início do mês que dezenas de milhares de pessoas foram vacinadas de maneira voluntária, incluindo 90% dos funcionários da empresa e familiares, entre 2.000 e 3.000 pessoas.
Em junho, o Exército chinês já havia aprovado uma vacina para uso em seus soldados. Ela foi desenvolvida por sua unidade de pesquisas e uma empresa de biotecnologia.
Por RFI
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.