Azedou o arroz doce de Temer: vem aí a greve dos petroleiros

Os petroleiros definem nesta quinta (24) a deflagração de greve nacional contra o aumento abusivo no preço dos combustíveis. Os trabalhadores nas refinarias deverão se somar aos caminhoneiros que estão paralisados há quatro dias.

A greve dos petroleiros exigirá de Michel Temer a imediata demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente, e a revogação da política de reajustes da estatal.

Desde que entrou em vigor, em outubro de 2016, a paridade de preços com o mercado internacional provocou mais de 121 reajustes. Os preços da gasolina e do diesel sofreram aumentos de mais de 50%.

Segundo o petroleiro Roni Barbosa, secretário de Comunicação Nacional da CUT, o comando grevista deverá bater o martelo ainda hoje sobre a paralisação de todas as refinarias no país.

Sobre a proposta de redução de alíquotas de impostos aprovada na Câmara, ontem, o dirigente disse que ela tem o objetivo de desmobilizar a greve dos caminhoneiros. “Não tem nenhuma eficácia imediata, pois ainda precisará passar pelo Senado e tem o tempo da vigência da lei tributária, que pode variar entre 45 e 90 dias”.

O Blog do Esmael também ouviu o senador Roberto Requião (MDB-PR) sobre a crise provocada pela greve contra o aumento dos combustíveis no país. Para o parlamentar, a redução temporária de impostos, por 15 dias, prazo para que os estados reduzam ICMS, não tem como prosperar. Pela proposta de Temer e Parente, anunciada ontem, o município de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, onde fica a Refinaria Getúlio Vargas (Repar), por exemplo, deixaria de arrecadar cerca de R$ 1 bilhão.

Economia

Portanto, a solução que os petroleiros e Requião apresentam é o abandono pela Petrobras da regra que atrela o preço dos combustíveis ao mercado internacional. Pelo atual sistema, somente os acionistas privados ganham dinheiro fácil e riem da cara dos consumidores brasileiros.

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