Apoiadores de Bolsonaro declaram guerra a Barroso

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso e Ricardo Lewandowski, entraram na mira de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas redes sociais.

Barroso foi o mais detonado pelos bolsonaristas porque ele disse que ‘saíram à luz os homofóbicos, os misóginos, os racistas. É preciso enfrentá-los’.

Lewandowski e Barroso participaram no domingo (10/04) do Brazil Conference, nos Estados Unidos, no Hyatt Regency Cambridge (Boston/MA). Mas houve um delay nos protestos bolsonaristas.

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– Esses ministros não poderiam cuidar do processo eleitoral porque eles formam hoje um partido de oposição – disse o jornalista Augusto Nunes, da Jovem Pan, conhecido apoiador de Bolsonaro.

O senador Luiz do Carmo (União-GO) disse que nunca viu antes na história do Brasil ministros do STF participando de evento político e fazendo militância contra Jair Bolsonaro de maneira clara, aberta e na presença de outros pré-candidatos. “Vocês estão vendo isso como algo normal?”, questionou.

O deputado pastor Marco Feliciano (PL-SP) também tomou as dores do presidente Bolsonaro. Ele registrou em seu Twitter que hoje, no Brazil Conference, Tabata Amaral, Barroso e Lewandowski falaram abertamente sobre a preocupação de como tirar o Presidente Jair Bolsonaro da disputa eleitoral, e o medo dele ganhar as eleições. No entanto, houve exageros por parte do pastor bolsonarista.

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O deputado Filipe Barros (PL-PR) provocou, pelo Twitter, o ministro Roberto Barroso: “Ei, Barroso, sabe me responder se a França usou urnas eletrônicas?”

A eleição francesa se deu por meio do voto impresso.

Os apoiadores de Jair Bolsonaro ficaram ensandecidos com a seguinte afirmação de Barroso:

– É preciso não supervalorizar o inimigo. Nós somos muitos poderosos, nós somos a democracia. Nós que somos os poderes do bem. É preciso enfrentá-los, sem a sensação de que perdemos – disse o ministro do Supremo.