Apesar de Boulos liderar a Paraná Pesquisas, PT estuda lançar candidato próprio em SP

A disputa pela Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2024 já começa a ganhar contornos dramáticos e a agitar os bastidores políticos. De acordo com pesquisa divulgada pela Paraná Pesquisas, nesta terça (28/2), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) lidera em todos os cenários estimulados, com 26,3% das intenções de voto.

Mas uma das novidades que começa a ser especulada é a possibilidade do PT lançar candidatura própria à Prefeitura de São Paulo em 2024, a exemplo do que ocorreu em 2020, quando o partido apoiou a candidatura de Jilmar Tatto. Especula-se que o próprio Tatto pode ser novamente o nome escolhido pelo PT para concorrer.

Porém, a possibilidade de uma candidatura própria do PT em São Paulo é vista com cautela por muitos petistas, que temem uma nova derrota, ainda mais em um cenário como o atual, com Boulos liderando a disputa. Por outro lado, há quem defenda que o PT precisa ter candidatura própria para marcar sua presença na cidade e não deixar o espaço para outros partidos de esquerda.

Em SP, o candidato da direita que mais se aproxima de Boulos é o apresentador Datena (PSC). Para o leitor do Paraná, que não acompanha a política em São Paulo, Datena está mais para Osmar Dias e Ney Leprevost, ou seja, ameaça concorrer às eleições mas refuga na hora H.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, o PT conseguiu cooptar o ex-deputado Marcelo Freixo, que era filiado ao PSOL e é considerado um player eleitoral. Somente uma sondagem da Paraná Pesquisas poderá indicar se o PT fez uma boa escolha ou não, já que Freixo disputou a última eleição para governador do Rio. Ele ficou atrás apenas do atual governador Cláudio Castro (PL).

De qualquer forma, a disputa eleitoral em 2024 promete ser acirrada em todo o país, e os partidos terão que escolher com cuidado seus candidatos e estratégias para conseguir se destacar e conquistar o voto dos eleitores. O fato é que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022, mostrou que os eleitores se cansaram da política de ódio e de violência que desencadearam os ataques de 8 de janeiro em Brasília, que reverbera por todo o País, o que pode abrir espaço para nomes e partidos do campo de esquerda.

Economia

LEIA TAMBÉM