Além de Lula, veja quem ganhou com a derrota de Bolsonaro

  • Espólio bolsonarista entra na mira de Moro e Tarcísio, mas sem o clã Bolsonaro

O grande vitorioso da eleição no segundo turno é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a despeito do resultado apertado nas urnas. Disso não há dúvida alguma.

Afinal, além do petista, quem ganhou com a derrota do presidente cessante Jair Bolsonaro (PL)?

O contumaz seguidor do Blog do Esmael já possui algumas pistas, que vamos declinar agora para todos.

Também ganhou com a derrota de Bolsonaro o senador eleito Sergio Moro (União Brasil-PR). O ex-juiz da Lava Jato tenta herdar o espólio do bolsonarismo, após surgir com assistente de palco nos dois debates televisivos havidos no segundo turno.

O governador eleito de São Paulo, Tarcísio Freitas (Republicanos), cuja origem política se deu no governo Dilma Rousseff (PT), está habilitado para disputar esse espólio bolsonarista com Moro e com o próprio Bolsonaro – caso Tarcísio se afaste de Jair Bolsonaro.

A base política radicalizada do bolsonarismo só faz sentido para Tarcísio e Moro sem a presença do clã Bolsonaro. Eis a próxima batalha umbilical na direita e centro-direita brasileira.

Economia

A composição do próximo governo paulista nos dirá o que será do bolsonarismo, de Tarcísio, de Moro e do próprio Bolsonaro.

Muito provavelmente, a família Bolsonaro irá pressionar Tarcísio para agasalhar no governo de SP os órfãos da derrota, qual seja, aqueles correligionários e amigos que estavam lotados no governo federal.

Por sua vez, se conseguir assumir a cadeira no Senado, Sergio Moro tentará se viabilizar como nome dessa direita radicalizada e fundamentalista nas eleições presidenciais de 2026. Contra o ex-juiz, pesa o legado negativo da Lava Jato para a economia e o processo democrático brasileiro.

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), igualmente, sonha com o cargo de presidente da República em 2026. No entanto, a exemplo de Tarcísio, terá de driblar a pressão do clã derrotado para absorver quadros políticos bolsonaristas. Proteger aliados de Bolsonaro, portanto, poderá não interessar ao mandatário estadual.

LEIA TAMBÉM