O senador eleito sub judice Sergio Moro (União Brasil-PR) declarou voto e apoio ao presidente cessante Jair Bolsonaro (PL), esta semana, a despeito do que ele dissera quando deixou o Ministério da Justiça, das rachadinhas e da compra de 51 imóveis com dinheiro vivo.
Dito isso, o Palácio do Planalto vê esse apoio de Moro “interesseiro” e com bastante desconfiança. Entres os correligionários de Bolsonaro até cantarolam o refrão de um sucesso de Genival Lacerda, nos anos 80:
Ele tá de olho
Severina Xique Xique, Canção de Genival Lacerda (1984, no álbum ‘Troque As Pilhas, Só Não Mate O Véio’).
É na butique dela
Ele tá de olho
É na butique dela
A tese é a seguinte: Sergio Moro foi instruído a declarar voto em Bolsonaro de olho em sua base política.
O ex-juiz da finada Lava Jato foi avisado de que é mais fácil galinha criar dente do que Bolsonaro vencer Lula neste segundo turno.
Com a iminente derrota de Bolsonaro, imaginam os lavajatistas sedento de poder, Sergio Moro poderia herdar a base do bolsonarismo e dirigi-la durante o governo petista que se avizinha.
Moro não teria papel algum num eventual e improvável governo Bolsonaro, porém, calculam os luas pretas, poderia liderar a oposição ao PT e se habilitar para disputar a Presidência da República em 2026.
Na comemoração da eleição ao Senado, no domingo (02/10), simbolicamente, o ex-juiz já colocou no peito a faixa presidencial verde e amarela.
Resumo da ópera: Moro está de olho na “butique” de Bolsonaro; quem viver, verá.
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