País comemora seu 201º aniversário de independência marcado por questões sociais ainda não resolvidas
O Brasil comemora esta semana seu 201º aniversário de independência, que iniciou em 1822 com o Grito do Ipiranga e chegou até o Grito dos Excluídos – indicando que seu processo em busca da soberania plena ainda não se completou.
Este evento de 7 de setembro, repleto de significado e riqueza histórica, é lembrado com uma solenidade que simboliza o calor patriótico do povo brasileiro.
As comemorações da Semana da Pátria costuma reunir alunos de diversas escolas, igrejas, clubes de servido, entidades civis e forças militares para celebrar a Proclamação da Independência do Brasil.
A tradição de prestigiar os festejos comemorativos nas principais cidades do país é seguida de perto pela população, que testemunha desfiles que contam com a participação das Forças Armadas, escolas, instituições e entidades civis.
A Esplanada dos Ministérios, em Brasília, bem como outros locais Brasil afora, a exemplo de Curitiba, será o cenário da abertura solene com 30 mil pessoas.
A parada com desfile mostra a importância histórica desse ato de independência, que marcou o início da construção da sociedade democrática e de nossa civilização brasileira.
Os eventos históricos ao longo do tempo concederam ao país o direito de escolha e a oportunidade de organizar sua gestão política.
A Independência do Brasil, marcada pelo famoso grito do Ipiranga proferido por Dom Pedro I em 7 de setembro de 1822, é um marco fundamental na história do país.
Este evento desencadeou uma série de movimentos históricos, como a Proclamação da República, que moldaram a nação e a levaram a ser reconhecida internacionalmente como uma democracia.
A partir de 1808, uma série de mudanças transformadoras começaram a ocorrer no país devido à chegada da Família Real portuguesa ao Rio de Janeiro, incluindo a abertura dos portos e a elevação do Brasil à condição de reino.
A Revolução Liberal do Porto em 1820 marcou o início do processo de separação de Portugal do Brasil, levando Dom Pedro a permanecer no Brasil e proclamar a independência.
O “Dia do Fico” foi um momento crucial em que Dom Pedro se comprometeu a ficar no Brasil, dando início ao processo de independência.
Após o grito de independência, houve conflitos e guerras em várias partes do país, culminando na aclamação de Dom Pedro como imperador do Brasil, iniciando o Primeiro Reinado.
A história do Brasil é repleta de momentos cruciais que moldaram sua trajetória, e a independência política em 7 de setembro de 1822 foi um deles.
Enquanto celebramos a independência do Brasil, também é importante refletir sobre os desafios atuais relacionados ao acesso à comida e água no país.
O movimento “Grito dos Excluídos e Excluídas” destaca a importância de debater essas questões e promover mudanças para garantir que todos tenham acesso a esses direitos fundamentais.
No Brasil, milhões de pessoas ainda não têm acesso a saneamento básico e água potável, enquanto outros enfrentam a insegurança alimentar.
É fundamental reconhecer que a água é um direito humano e um bem comum que deve estar sob controle popular, não nas mãos de grandes empresas multinacionais.
À medida que celebramos a independência, devemos lembrar que o patriotismo sério é fundamental para aprimorar nossas instituições e tomar decisões que beneficiem a sociedade como um todo.
O “Grito dos Excluídos e Excluídas” nos lembra que a luta por justiça social e igualdade ainda continua.
Neste 201º aniversário da independência do Brasil, é uma oportunidade para celebrar as conquistas do passado, mas também para refletir sobre os desafios atuais e como podemos trabalhar juntos para construir um futuro mais inclusivo e próspero para todos os brasileiros.
O patriotismo genuíno não é apenas sobre lembrar o passado, mas também sobre moldar o futuro.
Curitiba terá o 29º Grito dos Excluídos
O 29º Grito dos Excluídos e das Excluídas é um movimento que ocorrerá no dia 07 de setembro, no Centro de Formação Santo Dias, localizado no bairro Vila Torres, a partir das 9h da manhã.
O evento começará com um café da manhã e será seguido por uma caminhada até a Casa de Passagem Indígena no Bairro Rebouças.
Este movimento reúne várias partes da sociedade, incluindo as pastorais sociais da Arquidiocese de Curitiba, movimentos sociais, sindicatos, associações e moradores da região.
O objetivo principal deste movimento é denunciar a fome no Brasil e enfatizar a importância da conquista da segurança alimentar como um pré-requisito para a dignidade humana, democracia e soberania nacional.
O slogan do evento é “Vida em Primeiro Lugar”, e o lema é uma pergunta provocativa: “Você tem Fome e Sede de Quê?”.
A ideia por trás disso é incentivar a escuta ativa da população para que possam responder a essa pergunta e, ao mesmo tempo, buscar soluções que acabem com todas as formas de exclusão e violência.
Este movimento faz parte de uma série de manifestações que ocorrem no Brasil desde 1995, principalmente durante a semana em que se comemora o 7 de Setembro, e a cada ano, um tema é escolhido para estar no centro dos debates dessas manifestações.
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) também expressou seu apoio ao 29º Grito dos Excluídos e Excluídas, destacando a urgência no combate à exclusão social no país.
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