Presidente do PT exige punições contra "milícia do MBL" após incidente na UFPR

Presidente do PT exige punições contra “milícia do MBL” após incidente na UFPR

O deputado estadual Arilson Chiorato, também presidente do PT no Paraná, condenou veementemente a invasão da Reitoria da UFPR, caracterizando o MBL como uma “milícia de extrema-direita” e destacando que ações como essas não passarão impunes.

As agressões físicas promovidas pelo MBL se transformaram táticas para espetacularizar seus líderes, que, muito possivelmente, estão em pré-campanha para as eleições 2024.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR), no centro de Curitiba, por sua vez, emitiu uma contundente declaração condenando vigorosamente o que classificou como uma “invasão” e um “ato de violência” perpetrado por membros do Movimento Brasil Livre (MBL) nas dependências do prédio da Reitoria da instituição.

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Segundo informações oficiais, um grupo composto por oito indivíduos, que se autodenominaram como membros do MBL, adentrou o Prédio D. Pedro I e iniciou uma série de registros audiovisuais no sexto andar da edificação.

No entanto, sua presença logo chamou a atenção dos vigilantes, que intervieram prontamente, informando aos manifestantes que a filmagem e fotografia nas instalações da UFPR requeriam autorização prévia da Superintendência de Comunicação.

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O episódio tomou um rumo ainda mais sombrio quando uma trabalhadora terceirizada, ao perceber a agitação na sala, aproximou-se na tentativa de entender a natureza da ocorrência, sendo brutalmente agredida com um soco no estômago por um dos membros do MBL.

Além disso, um grupo de estudantes, após concluírem uma aula nas proximidades, recusou-se a permitir o uso de suas imagens, provocando um acirramento das tensões.

O conflito, infelizmente, transbordou para as ruas, com relatos de uma aluna da UFPR sendo agredida e lançada ao solo.

A denúncia de Chiorato, por punição, repercutiu e ganhou apoio nas redes sociais.

O dirigente petista ressalta que o MBL é uma “milícia de extrema-direita”, caracterizado como movimento neofascista, e isso deve ser castigado pelas autoridades policiais.

“Turminha do MBL além de invadir universidade e desrespeitar a educação pública, quer caçar like no Twitter. Quem fala o que quer, ouve o que não quer. Estamos aqui pra expor a verdade, não distribuir danoninho!”, afirmou o deputado do PT.

Em decorrência dos eventos desencadeados pela entrada dos oito integrantes do MBL na UFPR, duas pessoas resultaram feridas, e a instituição de ensino emitiu um comunicado repudiando enfaticamente a conduta do grupo.

Segundo a UFPR, os seguranças presentes no local solicitaram a interrupção das gravações, lembrando que, de acordo com os regulamentos da universidade, filmagens e fotografias em suas dependências requerem autorização prévia.

Contudo, os membros do MBL argumentaram que suas ações visavam denunciar atos de vandalismo e depredação supostamente cometidos por estudantes de universidades públicas, ignorando as normas estabelecidas.

Em um momento crítico, um dos integrantes do movimento, munido de um spray de pimenta, ameaçou alunos que protestavam contra a incursão.

A UFPR ressaltou ainda que foi nesse momento que uma funcionária terceirizada se aproximou e acabou agredida fisicamente.

Após um breve episódio de dispersão, os membros do MBL começaram a se retirar das instalações da universidade, enquanto, durante o trajeto, um deles disparou spray de pimenta contra um estudante.

Em um segundo tumulto, ocorrido fora das dependências da instituição, uma aluna da UFPR foi jogada ao chão e sofreu ferimentos.

O MBL, por sua vez, negou veementemente ter recorrido à agressão contra estudantes ou funcionários da universidade, afirmando que sua atuação se baseou na denúncia do vandalismo.

A UFPR, em resposta, prestou assistência à trabalhadora terceirizada e à aluna ferida, facilitando o registro de um Boletim de Ocorrência e a realização de um exame de corpo de delito.

A universidade enfatizou seu repúdio a ações de grupos organizados que buscam ganhar notoriedade nas redes sociais por meio de invasões e confrontos.

Este incidente não é isolado, pois não é a primeira vez que membros do MBL adentram universidades públicas com o objetivo de “fiscalizar espaços públicos de ensino”.

Em julho, episódio semelhante ocorreu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde integrantes do grupo adentraram um prédio parcialmente desativado, removendo pichações e intimidando alunos presentes.

Em um desdobramento preocupante, essa ação culminou em confrontos físicos com estudantes, resultando em relatos de agressões a João Bettega, um dos integrantes do MBL.

A UFSC condenou a violência, mas classificou a ação do movimento como uma “invasão” por “grupos organizados”.

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