No âmbito de sua visita à Coreia do Norte por ocasião do septuagésimo aniversário do término da Guerra da Coreia, celebrado no país como o “Dia da Vitória”, Sergei Shoigu, o ministro da Defesa russo, abordou o líder norte-coreano Kim Jong Un com uma proposta intrigante.
Conforme noticiado pela agência de inteligência da Coreia do Sul, o ministro russo sugeriu a realização de um exercício naval conjunto entre Rússia, Coreia do Norte e China.
O encontro entre Shoigu e Kim ocorreu durante uma exposição de defesa que exibiu mísseis balísticos anteriormente proibidos pela Coreia do Norte, conforme relatado pelos meios de comunicação estatais norte-coreanos à época.
A agência sul-coreana Yonhap informou sobre a proposta de Shoigu, embora detalhes específicos do exercício não tenham sido divulgados.
O Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul revelou à Assembleia Nacional que a reunião privada entre Shoigu e Kim parecia ter como objetivo discutir uma expansão militar de grande envergadura.
Vale ressaltar que, recentemente, Rússia e Coreia do Norte têm expressado interesse em estreitar seus laços militares, embora a Coreia do Norte negue qualquer negociação de armas com a Rússia.
Por outro lado, Alexander Matsegora, embaixador da Rússia na Coreia do Norte, declarou à agência de notícias Tass que não tinha conhecimento de planos para a participação da Coreia do Norte em exercícios militares trilaterais com a China e a Rússia.
No entanto, ele afirmou que consideraria apropriado, especialmente diante dos exercícios liderados pelos Estados Unidos na região.
Vale lembrar que os Estados Unidos têm imposto sanções a entidades supostamente envolvidas em negócios de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia.
Enquanto isso, a Coreia do Norte realizou seis testes nucleares desde 2006 e conduziu vários testes de mísseis nos últimos anos, embora raramente participe de exercícios militares com seus vizinhos.
Em contraste, os Estados Unidos e a Coreia do Sul realizam exercícios militares regulares, o que a Coreia do Norte frequentemente denuncia como preparação para uma possível guerra.
Esse desenvolvimento recente no cenário geopolítico asiático traz à tona questões cruciais sobre a segurança e a estabilidade na região.
Como os eventos se desenrolarão e qual será a resposta internacional a essa proposta de exercício naval conjunto permanecem incertos.
A situação merece atenção cuidadosa, uma vez que pode ter implicações significativas para a política global.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.
Como diria o Capitão Nascimento, “isso vai dar m…da Capitão”.