Às vésperas da eleição presidencial norte-americana, a rede de supermercados Walmart determinou a retirada de armas e munições de suas prateleiras em todo o país. A medida é temporária.
“Vimos alguns distúrbios isolados e, como fizemos em várias ocasiões nos últimos anos, retiramos nossas armas e munições do local de vendas”, afirmou a empresa em nota.
A gigante do varejo tomou uma decisão semelhante nos protestos após o assassinato de George Floyd, em junho. Nesta semana, foram realizados novas manifestações populares contra a execução pela polícia do jovem negro Walter Wallace Jr na Filadéfia. E grupos armados de extrema-direita ameaçam atuar durante as eleições da próxima semana.
Além da violência policial, principalmente contra a comunidade negra, a disputa política acirrada entre o republicano Donald Trump e o democrata Joe Biden pela presidência da República tem provocado a ação de grupos armados de extrema-direita – milícias que se exibem nas ruas com armamento pesado.
As forças de segurança do país acompanham a ação dos grupos dos extremistas de direita, integrados na sua maioria, por supremacistas brancos, aliados do atual presidente Donald Trump.
Joe Biden lidera as últimas pesquisas de opinião, que apontam o seu favoritismo nas eleições presidenciais marcadas para a próxima terça-feira (3).
Até esta sexta-feira (30), mais de 80 milhões de eleitores votaram – o que indica um comparecimento recorde nestas eleições presidenciais. O voto não é obrigatório no país.
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Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.