Pegou fogo no cabaré. PGR e Lava Jato se engalfinharam nesta sexta-feira (26) com direito a pedido de demissão coletivo da força-tarefa em Curitiba.
Segundo o Globo, que atua como assessor de imprensa informal da “República de Curitiba”, houve discordâncias entre os procuradores da capital paranaense e a Procuradoria Geral da República, chefiada por Augusto Aras.
O estopim para a demissão teria sido a visita feita pela subprocuradora-geral Lindora de Araújo à força-tarefa de Curitiba nesta semana na qual, segundo ofício enviado pela força-tarefa à Corregedoria do Ministério Público Federal, ela teria tentado obter acesso a informações sigilosas dos bancos de dados da operação sem realizar o devido procedimento legal.
O caso foi revelado nesta sexta pelo Globo e gerou uma crise interna na PGR.
Segundo a colunista Bela Megale, os procuradores de Curitiba suspeitam que Aras busca acessar dados da Lava Jato para atacar o ex-ministro Sergio Moro –pré-candidato a presidente e virtual adversário do presidente Jair Bolsonaro em 2022.
O Globo retrata a fofoca na Lava Jato com o intuito de proteger Moro, sua fonte em vazamentos estratégicos. O grupo de comunicação torce pelo ex-juiz na eleição presidencial vindoura.
Em final de feira, a Lava Jato poderá ser extinta até porque já cumpriu sua função que era barrar o PT — Lula e Haddad em 2018 — e garantir a eleição do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
De acordo com o Jornal Nacional, da Globo, 14 procuradores da força-tarefa pediram demissão hoje.
A Lava Jato quebrou o Brasil, antes mesmo de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes e da pandemia do coronavírus.
LEIA TAMBÉM
Jornalista e Advogado. Desde 2009 é autor do Blog do Esmael.