Paulo Guedes e Bolsonaro na cadeia, se passar a reforma da previdência

A reforma da previdência não passa no Congresso, salvo se houver o toma-lá-dá-cá, qual seja, distribuição de cargos e emendas para deputados e senadores de maneira não republicana.

A prévia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, nesta quarta (3), deixou patente que o governo não tem votos para ferrar os trabalhadores. Dos 22 inscritos que falaram ontem na audiência pública, 17 praguejaram contra a proposta dos bancos. Apenas cinco se manifestaram favoravelmente ao Palácio do Planalto.

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Quando o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que não gostaria de jogar dominó com Lula e xadrez com Temer, na cadeia, ele se referiria ao “diabinho” do mercado financeiro e da velha mídia que dizem: ‘vai lá e faz, compra congressista, aprova o fim da aposentadoria que você continua no cargo…’

Bolsonaro lembra do que fizeram com Michel Temer depois de todas as maldades que ele fez com os brasileiros (reforma trabalhista, congelamento de investimentos por 20 anos, DRU, etc.). Como uma laranja, ele foi chupado pelo mercado, pela velha mídia, e depois cuspido como se bagaço fosse. Por isso Bolsonaro lançou mão da metáfora do dominó e do xadrez.

O capitão reformado do Exército não é da elite, que não o tolera. A burguesia e o sistema financeiro apenas querem utilizá-lo para logo em seguida descartá-lo. Nesses tempos sombrios, muito provavelmente, ele e seu ministro da Economia, Paulo Guedes, iriam para o xilindró se aprovarem a reforma da previdência no Congresso por meios não ortodoxos.

Economia

A situação de Jair Bolsonaro é a seguinte: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.